Alacero apresenta o balanço e a expectativa do consumo de aço na América Latina - Revista Anamaco

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Alacero apresenta o balanço e a expectativa do consumo de aço na América Latina

Texto: Redação Revista Anamaco

A Associação Latino-Americana de Aço (Alacero), que reúne a cadeia de valor do aço na América Latina, realizou nos dias 08 e 09 de novembro o Alacero Summit, evento no qual mais de 700 executivos do setor se reuniram para falar sobre os desafios e oportunidades do setor de aço, além de abordar o panorama geral da indústria e a influência externa no mercado regional.
Durante o evento, foi destacado um risco iminente em relação ao comércio desleal proveniente do mercado chinês: atualmente, a China continua a ser a principal origem do aço extrarregional importado, representando 29%. Isso se reflete no número de ações antidumping abertas na LATAM ao longo do primeiro semestre de 2023: 63% são dirigidas contra a China. “Na América Latina, produzimos aço com uma pegada de carbono 15% inferior à média global e 30% inferior à da China. Porém, hoje, boa parte do aço consumido na região vem direta e indiretamente do país, em condições que não são de mercado justo, substituindo empregos de qualidade e afetando o meio ambiente”, reforça Alejandro Wagner, diretor executivo da Alacero.
Dados apurados pela Associação e pela worldsteel mostram que, em 2022, a quantidade média global de CO2 emitida por tonelada de aço bruto produzido foi de 1,91t, enquanto a da China foi de 2,24t e a da América Latina foi de 1,55t, o que significa uma queda de 7% em relação ao ano anterior.
De acordo com as entidades, as empresas que produzem aço na América Latina estão fazendo progressos constantes ao tomar medidas que reduzem a sua pegada de carbono. A região precisa de uma transição justa: tem vantagens em termos de recursos naturais, mas também prioridades sociais e econômicas que os países desenvolvidos já resolveram. “Temos uma matriz produtiva sofisticada, com um tecido industrial robusto de grandes empresas e PMEs. No entanto, uma maior estabilidade econômica e política e regimes fiscais e laborais modernos são essenciais para gerar mais incentivos ao investimento, ao emprego e, acima de tudo, à competitividade. Condições tão fundamentais quanto básicas para enfrentar o enorme desafio que temos pela frente”, conclui Wagner.
Os dados apresentados pela entidade no Alacero Summit demonstram também o consumo aparente de laminados por país em 2022 e a expectativa para 2023. O México registrou queda de 2% no ano passado e atinge estimativa de 9,7% para este ano. O Brasil, por sua vez, fechou 2022 com recuo de 10,6% e deverá fechar 2023 com retração de 1,5%. Já a Argentina encerrou o ano passado em alta de 1,2% e planeja fechar 2023 com crescimento de 0,7%, enquanto a Colômbia registrou queda de 13,7% em 2022 e espera alta de 2,4% em 2023.
Nesse cenário, o setor da construção segue à frente dos segmentos que mais consumiram aço ao longo de 2023, com 48,5%; seguido pelo automotivo com 17,5%; produtos de metal com 14,5%; máquinas mecânicas com 13,3%; equipamentos eletrônicos com 2,9%; uso doméstico com 2,5% e outros transportes com 0,9%.

Foto: Adobe Stock

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