Apesar das medidas de estímulo ao crédito, número de brasileiros endividados cai - Revista Anamaco

Economia

Apesar das medidas de estímulo ao crédito, número de brasileiros endividados cai

Texto: Redação Revista Anamaco 

Dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostram que o número de famílias com dívidas em cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro recuou ligeiramente em maio, passando de 66,6% (abril) para 66,5%.
Em relação a maio de 2019 (63,4%), o percentual de endividamento foi maior. A proporção de famílias endividadas, medida pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumido (Peic), havia alcançado o maior patamar da série histórica no mês passado, após dois meses consecutivos de crescimento.
José Roberto Tadros, presidente da CNC, avalia que, apesar das medidas para enfrentar a crise provocada pelo novo coronavírus, como a injeção de liquidez na economia e a queda das taxas de juros, a maior aversão ao risco no sistema financeiro tem impedido que o crédito de fato alcance os consumidores.
Nesse cenário, a quantidade de brasileiros com dívidas ou contas em atrasos caiu 0,2 ponto percentual na comparação mensal, ficando em 25,1%. No comparativo anual (24,1%), contudo, houve crescimento.
O percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes aumentou, passando de 9,9% do total em abril para 10,6% em maio, maior proporção de famílias que permanecerão na inadimplência para um mês de maio desde o início da realização da Peic, em janeiro de 2010, e a mais elevada desde abril de 2018.
O total de famílias que se declararam muito endividadas também aumentou em maio, chegando a 16% e atingindo o maior percentual desde setembro de 2011, quando o indicador alcançou 16,3%.
Em relação aos tipos de dívida, o cartão de crédito continua sendo o mais apontado pelos brasileiros como a principal modalidade de endividamento: 76,7%. Carnês (18%) e financiamento de veículos (11,1%) também permanecem na segunda e terceira posições, respectivamente.

Foto: Adobe Stock

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