Brasil registra queda nas mortes em incêndios por sobrecargas - Revista Anamaco

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Brasil registra queda nas mortes em incêndios por sobrecargas

Texto: Redação Revista Anamaco

O Brasil registrou, em 2020, queda de 10% no número de acidentes de origem elétrica, segundo o novo anuário da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel). Foram 1.502 acidentes no ano passado, 160 a menos que em 2019 (que bateu o recorde dos últimos anos), quando esse número foi de 1.662.
De acordo com a Associação, o cenário foi puxado pela redução de 12% na quantidade de incêndios gerados por sobrecarga e curtos-circuitos, que resultou, também, em menos 70% de mortes por este motivo. Em 2020 foram 583 acidentes, sendo 26 fatais e, em 2019, foram registrados 656 casos, com 74 mortes. Os Estados que mais registraram acidentes do tipo foram: São Paulo (93), Paraná (63) e Rio Grande do Sul (49). Quase 50% das vítimas fatais foram crianças entre zero e cinco anos.
O relatório da entidade registrou, ainda, diminuição no número de mortes por choques elétricos, porém, mais acentuada. Foram 691 mortes, em 2020, contra 697, em 2019. O Estado com mais mortes foi, novamente, a Bahia, com 79 ocorrências, seguido por São Paulo, com 52, e Rio Grande do Sul, com 50.
O anuário destaca que 8% dos acidentes aconteceram no comércio, 4% na indústria e 3% na construção civil. Porém, a maior porcentagem, 30%, ocorreu em residências, muito por conta de fios partidos ou sem isolamento, com eletrodomésticos e eletroeletrônicos. Estudantes ficaram entre as maiores vítimas de choques, com 91 ocorrências, seguidos de agricultores, com 80, e pedreiros, com 58 casos.
Fábio Amaral, engenheiro eletricista e sócio da Engerey, empresa especializada na montagem de Painéis Elétricos, diz que a principal medida para evitar acidentes elétricos é a prevenção.
Entre as principais sugestões do engenheiro está o uso do Dispositivo Diferencial Residual (DR) no quadro elétrico. De fácil instalação e com um custo acessível, o dispositivo é capaz de salvar vidas, já que detecta anomalias no circuito elétrico, como um choque, e desarma o circuito, em milésimos de segundo, cortando a energia e evitando que o choque chegue a ser fatal. “O choque pode ser ocasionado de modo direto, quando, por exemplo, uma criança coloca o dedo ou algum objeto na tomada, ou indireto - fuga de corrente -, por meio de um eletrodoméstico, como ventiladores, geladeiras e máquinas de lavar. O DR protege nos dois modos”, explica Amaral.
O DR também oferece proteção à vida ao proteger o patrimônio, quando detecta sobrecargas em tomadas que podem ocasionar incêndios, desligando instantaneamente o sistema elétrico conectado àquele ponto crítico. 
Outra maneira de evitar incêndios é com o Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS), que protege as instalações impedindo que um pico de tensão elétrico, ou sobretensão, provoque queima de aparelhos e que isso possa vir a ter consequências mais graves, como um incêndio. 
Outras dicas pontuais são: optar sempre por um profissional capacitado para as instalações e manutenções elétricas; nunca fazer ou aceitar “gambiarras”; jamais deixar equipamentos elétricos perto da água (a água é uma condutora de eletricidade); manter o quadro de energia em ordem; e, claro, evitar usar o celular enquanto ele esteja ligado à tomada.

Foto: Divulgação

 

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