Sondagem de Mercado de Trabalho

Brasileiros seguros com emprego

Texto: Redação Revista Anamaco

A sexta edição dos Indicadores de Qualidade do Trabalho da Sondagem de Mercado de Trabalho, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), aborda o tema a chance de perder emprego e/ou principal fonte de renda.
O resultado, com dados do trimestre finalizado em novembro,  mostra que a maioria dos respondentes (55,6%) afirma ser muito improvável ou improvável perder seu principal emprego e/ou fonte de renda nos próximos seis meses, enquanto 15,7% afirmavam ser provável ou muito provável que isso ocorra. Os demais 28,7% indicam que não saberiam avaliar esse tema.
Ao longo dos últimos meses, o estudo mostrou um ligeiro aumento na soma das parcelas “muito improvável” e “improvável”, passando de 54,2% em junho, para 55,6% em novembro. Apesar desse resultado, a decomposição dessas parcelas mudou nesse período.
No resultado de novembro, foi registrado o menor percentual (7,8%) de pessoas afirmando ser “muito improvável” a chance de perder seu trabalho ou principal fonte de renda. Por outro lado, foi o maior valor registrado na parcela “improvável”, com 47,8%. Em junho, esses percentuais eram de 14,3% e 39,9%, respectivamente.
Rodolpho Tobler, economista do FGV Ibre, observa que os dados dos novos indicadores da sondagem têm reforçado a leitura de mercado de trabalho aquecido. Apenas uma pequena parcela dos ocupados indicam medo de perder seu trabalho ou fonte de renda. “Com a taxa de desocupação se mantendo nos menores níveis da série histórica, é natural que os trabalhos sintam maior segurança nas suas ocupações ou em uma recolocação, caso fosse necessário. Por outro lado, apesar desses resultados favoráveis, é possível notar alguns primeiros sinais de desaceleração, como a mudança de intensidade nas respostas. A migração de respondentes da parcela “muito improvável” para “improvável”, parece indicar uma menor segurança, comparado com o que se observava nos meses anteriores. Vai ser importante olhar a dinâmica desse indicador nos próximos meses, para ver se a desaceleração da atividade, de fato está impactando a percepção de segurança dos trabalhadores”, afirma o economista.

Foto: Adobe Stock

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