CNC prevê queda histórica no volume de vendas no varejo em 2020 - Revista Anamaco

Economia

CNC prevê queda histórica no volume de vendas no varejo em 2020

Texto: Redação Revista Anamaco 

A Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC) prevê uma retração de 10,1% no volume das vendas no varejo ampliado, em 2020. Já no restrito, que exclui os ramos automotivo e de material de construção, a projeção aponta um recuo de 8,7%. As estimativas têm como base os dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) de abril, divulgada nesta terça-feira (16 de junho) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Em ambos os casos, a crise sem precedentes deverá levar o setor a registrar a maior queda anual desde os anos 2000”, lamenta José Roberto Tadros, presidente da CNC.
A última previsão da entidade para o comércio em 2020 havia sido feita em fevereiro, com base nos dados de dezembro do ano passado. Ainda sem os efeitos do novo coronavírus, a perspectiva, naquele momento, era de crescimento de 5,3% para o setor neste ano.
Fabio Bentes, economista da entidade, chama a atenção para o fato de que abril foi o primeiro mês considerado “cheio” desde o início da quarentena no Brasil. “Em março, as vendas já haviam recuado 2,1%, sob impacto dos decretos regionais implementados a partir da segunda quinzena daquele mês, por meio dos quais diversas medidas restritivas de combate ao novo coronavírus passaram a ser adotadas”, lembra.
Os comerciantes brasileiros podem afirmar que perderam um mês inteiro de vendas com a Covid-19. Segundo cálculos da CNC, em 12 semanas de pandemia (de 15 de março a 06 de junho), os prejuízos do setor com a crise alcançaram R$ 200,71 bilhões. O valor é equivalente à média mensal de faturamento do varejo antes da pandemia.
De acordo com o presidente da CNC, a abertura gradual dos estabelecimentos comerciais deverá manter a tendência de perdas menos acentuadas para o setor ao longo dos próximos meses. “Os danos ao mercado de trabalho, os graus de aversão à oferta e à demanda de crédito, o nível de confiança dos consumidores e o comportamento dos preços tenderão a cumprir, em um cenário de abertura contínua e gradual do comércio, um papel fundamental no ritmo de vendas até o fim de 2020”, finaliza Tadros.

Foto: Adobe Stock

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