CNI apresenta propostas do setor industrial para o próximo governo - Revista Anamaco

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CNI apresenta propostas do setor industrial para o próximo governo  

Texto: Redação Revista Anamaco

A pandemia de Covid-19 e a guerra na Ucrânia acentuaram as  adversidades que o setor produtivo brasileiro enfrenta há anos. Agora, é o momento de voltar a atenção para as soluções que o Brasil precisa para construir um futuro mais próspero, ambientalmente equilibrado e socialmente justo.
Consciente disso, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) defende uma política industrial moderna, pautada nos investimentos em inovação e tecnologia e na agenda do clima, para o País ter ganhos na produtividade e competir no mercado internacional.
Para tanto, durante abertura do Diálogo da Indústria com os Pré-Candidatos à Presidência da República realizado pela CNI, em 29 de junho, em Brasília, Robson Braga de Andrade, presidente da entidade, apresentou para mais de 1,2 mil empresários as propostas do setor para o próximo governo. O evento contou com a participação de representantes das 27 federações estaduais e de associações setoriais da indústria.
Segundo ele, há uma janela de oportunidades com a revolução verde e tecnológica pela qual o mundo todo está passando. Mas o Brasil, na sua análise, não vai alcançar os países mais avançados na economia 4.0 e de baixo carbono se não consolidar uma política para investir em inovação e ter uma indústria nacional forte e dinâmica - já que o setor responde por quase 70% dos investimentos privados em pesquisa e desenvolvimento. “Para dar esse salto, é preciso implementar uma estratégia nacional de longo prazo que estimule a ciência, a tecnologia e a inovação. Essa política deve ter instâncias de governança bem definidas, recursos adequados, e metas e prazos ambiciosos”, frisou.
Andrade observou que, a partir dessa estratégia e da interlocução aberta e democrática entre a iniciativa privada e o setor público, o País terá condições para reduzir as emissões de gases de efeitos estufa e ocupar uma posição de maior destaque no esforço global de conter o aquecimento do planeta. “A agenda do clima é ampla e oferece possibilidades de negócios admiráveis em diversas áreas. Entretanto, exige novas tecnologias e a adoção de políticas apropriadas para a produção de energias renováveis e para o uso sustentável da nossa rica biodiversidade”, ponderou o executivo.
Cruciais para o crescimento da economia e a melhora da qualidade de vida da população, as áreas de educação e de infraestrutura também foram lembradas. O presidente da CNI reforçou que o sistema educacional público brasileiro precisa dar um salto de qualidade e proporcionar uma formação profissional alinhada à realidade do setor produtivo e às novas tecnologias.
Em relação à infraestrutura, é preciso adotar medidas regulatórias efetivas para promover a competição no mercado de gás natural, de combustíveis e de energia elétrica, além de ampliar investimentos em sistemas eficientes de transportes a fim de reduzir custos de logística.
Por último, Andrade reforçou a urgência de aprovar a reforma tributária. “As mudanças no sistema de tributação sobre o consumo já foram amplamente discutidas e estão prontas para votação no Congresso Nacional”, finalizou.

Foto: Agência CNI/Divulgação

 

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