Confiança do consumidor paulista estabiliza após duas quedas consecutivas
Texto: Redação Revista Anamaco
O Índice de Confiança do Consumidor Paulista (ICCP), elaborado para o Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP) pela PiniOn, alcançou, em abril, 100 pontos, aumentando 2% em relação a março, e caindo 2,9% na comparação com o mesmo mês de 2024. O resultado mensal interrompe duas quedas mensais consecutivas, levando o ICCP de volta ao campo neutro (100 pontos).
O estudo mostra que, no recorte de classes socioeconômicas, o ICCP seguiu mostrando resultados mistos, com aumento de confiança para as famílias das classes AB e C e redução para aquelas pertencentes à classe DE.
Nesse cenário, melhorou a percepção das famílias em relação à sua situação financeira atual, com aumento na segurança no emprego, e, principalmente, no tocante às expectativas sobre renda e emprego.
Dessa forma, o aumento da confiança dos consumidores paulistas resultou em maior propensão a comprar itens de maior valor, como carro e casa, e bens duráveis, geladeira e fogão. A intenção de investir para o futuro permaneceu relativamente estável.
O Índice de Confiança do Consumidor da Cidade de São Paulo (ICCSP), por sua vez, alcançou 91 pontos, em abril, aumentando em relação a março (4,6%), e recuando, em termos interanuais (-3,2%). Apesar do aumento mensal, o ICCSP ainda permanece no campo pessimista (abaixo de 100 pontos).
Com relação à evolução da confiança dos consumidores da cidade de São Paulo, distribuídos por classes socioeconômicas, a pesquisa revela aumento para todas as famílias, independentemente de sua classificação em AB, C ou DE.
Também houve melhora das percepções com relação à situação atual, com aumento da segurança no emprego, e, de forma mais intensa em termos das expectativas de emprego e renda, levando a maioria dos entrevistados a manifestar mais interesse em comprar itens de maior valor e bens duráveis. Apesar do quadro geral de aumento da confiança, a disposição em investir para o futuro mostrou estabilidade em relação ao mês anterior. “O fato de o Estado e a cidade de São Paulo serem os maiores geradores de empregos formais pode contribuir para a melhora da confiança. No entanto, a aceleração da inflação, aliada ao elevado endividamento das famílias e aos juros altos, ainda mantém os consumidores paulistas e paulistanos cautelosos na hora de comprar, mantendo os índices de confiança no campo pessimista”, explica Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP.
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