Confiança do setor industrial registra nova queda - Revista Anamaco

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Confiança do setor industrial registra nova queda

Texto: Redação Revista Anamaco 

A confiança do setor industrial caiu 2,2 pontos em janeiro na comparação com dezembro de 2022, recuando de 50,8 para 48,6 pontos. Os dados divulgados são do Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), produzido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), para sinalizar as mudanças de tendência da produção industrial
Com a queda recente, o índice se posicionou abaixo da linha divisória de 50 pontos, o que aponta a falta de confiança do setor pela primeira vez desde julho de 2020. A pesquisa também indica que, na comparação com janeiro de 2022, houve queda de 7,4 pontos na confiança do empresário industrial, passando de um índice de 56,0 para o atual de 48,6. 
O ICEI é composto por dois indicadores: o Índice de Condições Atuais, que mede a percepção dos empresários sobre a economia brasileira em relação aos últimos seis meses, e o Índice de Expectativas, que mensura as perspectivas para o semestre seguinte. Na pesquisa atual, os dois componentes do índice de confiança caíram e migraram para patamares negativos. O levantamento revela que o Índice de Condições Atuais referente a janeiro recuou dois pontos, para 48,3 pontos, e ficou abaixo da linha divisória de 50 pontos, indicando que o setor deixou uma percepção de melhora e passou a enxergar uma piora nas condições atuais na comparação com os últimos seis meses. Quando indagados sobre as condições atuais da empresa, em janeiro de 2023, os empresários passaram a perceber piora, diferentemente dos meses anteriores. A percepção das condições da economia brasileira, por sua vez, já era pessimista em dezembro.
Em relação ao Índice de Expectativas, o estudo mostra que houve queda de 2,2 pontos para 48,8 pontos, levando a uma posição abaixo da linha divisória de 50 pontos e, assim, migrando a expectativa do setor industrial para a economia brasileira do otimismo ao pessimismo com relação aos próximos seis meses. A expectativa no que diz respeito às empresas, apesar de menos otimista, segue positiva.  “Medir a confiança do empresário é importante porque a ideia é antecipar as movimentações da atividade industrial. Empresários confiantes tendem a aumentar sua produção, a contratar e a investir mais. E o inverso ocorre com a falta de confiança. Na medida em que o índice caiu e passou ao campo de falta de confiança, há cautela com relação às contratações, com relação ao investimento”, explica Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI.

Foto: Adobe Stock





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