Confiança dos varejistas avança - Revista Anamaco

Economia

Confiança dos varejistas avança

Texto: Redação Revista Anamaco

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), calculado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), avançou 1,6% em maio em relação a abril, a segunda alta seguida após quatro quedas, descontados os efeitos sazonais. Nessa comparação, todos os indicadores apresentaram avanço, sendo o das expectativas aquele com maior variação (+2,3%).
Contudo, na comparação com igual mês do ano anterior, a tendência negativa sobressaiu, com baixa de 5,8%, principalmente nas Condições Atuais - Icec (-10,5%) e especificamente da Economia (-18,6%), mostrando que, apesar de esse indicador ter tido um avanço de 4,1% no mês, continua bem abaixo do resultado de maio do ano passado, sendo também o com menor nível da pesquisa (59,0 pontos com ajuste sazonal).
O mesmo movimento ocorreu nas Intenções de Investimentos - Icec e seus subindicadores, com avanço mensal em todos, no entanto não o suficiente para superarem 2024.
De acordo com o estudo, as taxas de juros mais altas do que no passado explicam a menor procura por crédito para os investimentos na empresa, enquanto uma melhor expectativa para os próximos meses leva a um maior otimismo para os investimentos no curto prazo.
A pesquisa mostra que o maior destaque do Icec no curto prazo foi a Intenção de Contratação de Funcionários - Icec (+1,8%), já os investimentos na empresa (-2,8%) foram os que mais sofreram na comparação com 2024.
No mês, a retração anual na confiança do empresário do comércio foi impulsionada por todos os segmentos, principalmente pelas lojas do varejo de eletrônicos, eletrodomésticos, móveis e decoração, cine/foto/som, material de construção, veículos (-6,4%), bens com maior valor agregado e, portanto, mais influenciáveis à evolução dos juros. Frente ao resultado do mês anterior, o setor de supermercados, farmácias, lojas de cosméticos revelou maior incremento (+1,9%), com isso, superando a barreira do otimismo (100,2 pontos), após dois meses abaixo desse nível.
Em relação à percepção atual do comércio, o segmento de bens duráveis também foi o que apresentou maior queda na análise anual (-10,6%). Sendo que já se consegue perceber uma recuperação no mês (+0,4%).O comércio de bens duráveis novamente se destacou, com a maior queda anual (-6,7%), mesmo tendo um avanço de 1,3% no mês.
Outro dado apurado pela pesquisa revela que, dentre a Intenção de Investimentos, a Contratação de Funcionários - Icec foi a com melhor recuperação no mês (+1,8%). Isso devido a um avanço de 2,7% no setor de supermercados, farmácias, lojas de cosméticos. O levantamento destaca que o segmento de bens semiduráveis (roupas, calçados, tecidos e acessórios) já se encontra em nível superior ao observado em maio de 2024 (+2,5%).

Foto: Adobe Stock

 

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