Confiança recua

Demanda fraca

O Índice de Confiança do Comércio (ICOM), da Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 4,4% entre fevereiro e março. Após a quinta queda consecutiva, o indicador atinge 92 pontos, o menor nível da série iniciada em março de 2010.
A queda, de acordo com Aloisio Campelo Jr., superintendente Adjunto para Ciclos Econômicos da FGV/Ibre, tem justificativa. “O setor queixa-se do nível fraco da demanda e preocupa-se com o estado geral da economia, o ambiente político e a queda forte da confiança do consumidor neste início de ano. As expectativas em relação aos próximos meses pioraram relativamente pouco frente a fevereiro, mas o suficiente para levar o Índice de Expectativas a novo recorde negativo”, lamenta.
A queda doíndiceem março foi determinada majoritariamente pela piora da percepção dos empresários em relação ao momento atual: o Índice da Situação Atual (ISA-COM) - que retrata a percepção em relação à demanda - recuou 8,8%, chegando a 69,1 pontos, o menor nível da série. O Índice de Expectativas (IE-COM), por sua vez, recuou 1,5%, chegando também ao mínimo histórico de 114,9 pontos.
A piora das expectativas atingiu os dois componentes do IE-COM: o que mede o otimismo com as vendas nos três meses seguintes exerceu maior influência, com recuo de 2,2% em relação ao mês anterior, ao passar de 117,8 pontos em fevereiro, para 115,2 pontos em março, o menor patamar da série.
Já o indicador que mede o grau de otimismo em relação à situação dos negócios nos seis meses seguintes caiu 0,8%, ao passar de 115,4 pontos para 114,5 pontos, no mesmo período, atingindo o mínimo histórico.

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