Desemprego tem menor taxa desde 2016 - Revista Anamaco

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Desemprego tem menor taxa desde 2016

Texto: Redação Revista Anamaco

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação caiu para 11,2% no trimestre encerrado em janeiro, recuo de 0,9 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior, finalizado em outubro. É a menor taxa para o período desde 2016, quando registrou 9,6%.
Já a população desocupada foi de 12 milhões de pessoas, uma queda de 6,6% na mesma comparação, o que representa uma redução de 858 mil pessoas. No confronto com o mesmo período do ano anterior, a queda no percentual de desocupados é de 18,3%, o que significa 2,7 milhões de pessoas a menos em busca de trabalho.
A pesquisa também mostra que, aproximadamente, 95,4 milhões de pessoas estavam ocupadas, uma alta de 1,6%. Já o nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi estimado em 55,3%, mais 0,7 ponto percentual frente ao trimestre anterior.
Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, explica que o setor de comércio influenciou positivamente o resultado. “A expansão do comércio indica a manutenção da tendência de crescimento dessa atividade, principalmente, a partir do segundo semestre de 2021. No trimestre atual, a população ocupada no comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (18,4 milhões de pessoas) já supera a registrada no período pré-pandemia (trimestre móvel de dez-jan-fev de 2020)”, afirma.
O estudo indica, ainda, que o número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exceto trabalhadores domésticos) foi de 34,6 milhões de pessoas, uma alta de 2% contra o trimestre anterior, o que representa mais 681 mil pessoas com emprego que garante os direitos trabalhistas. Entre as atividades, destacou-se o crescimento da carteira de trabalho no trimestre atual no comercio e na indústria.
Na comparação com 2021, o crescimento é de 9,3% (ou mais 2,9 milhões de ocupados com carteira), com influência do comércio, da indústria e do setor de alojamento e alimentação.
No que diz respeito à informalidade, janeiro registrou 38,5 milhões de trabalhadores informais (40,4% da população ocupada), taxa menor que a do trimestre anterior (40,7%) e maior que o mesmo período do ano passado (39,2%).
A pesquisa com os resultados do trimestre novembro-dezembro-janeiro também mostra alta no número de empregados sem carteira assinada no setor privado. Ao todo, foram 12,4 milhões de pessoas, um aumento de 3,6% ou 427 mil pessoas em relação ao trimestre anterior. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, a alta é de 19,8% ou mais 2 milhões de pessoas.
Já o número de trabalhadores por conta própria ficou estável na comparação com o trimestre anterior, mas subiu 10,3% no ano e chegou a 25,6 milhões de pessoas, enquanto o número de trabalhadores domésticos foi de 5,6 milhões de pessoas – estável no confronto entre períodos, mas 19,9% maior que no período do ano anterior.
O número de empregadores foi de 4 milhões de pessoas e o número de empregados no setor público foi 11,4 milhões de pessoas.

Foto: Adobe Stock

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