Feicon Batimat 2015

Dia de negócios e de protestos

Com a expectativa de atrair mais de 120 mil visitantes e movimentar R$ 500 milhões em negócios, foi aberta a 21ª edição do Salão Internacional da Construção (Feicon Batimat). O evento, que começou ontem e será realizado até sábado no pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, terá como foco lançamentos que visam economia de água e de energia. Ao todo, serão mais de duas mil marcas expositoras nacionais e internacionais. “O Salão se consolidou como uma grande vitrine da América Latina do setor de construção civil. Esse é o lugar para se construir o futuro”, observa Paulo Octávio de Almeida, vice-presidente da Reed Exhibitions Alcantara Machado, realizadora da exposição.
A abertura oficial contou com a presença da presidente da República, Dilma Rousseff, que chegou acompanhada de uma comitiva composta por executivos de entidades representativas do setor da construção, dos Ministros das Cidades, Gilberto Kassab, e de Comunicação Social, Thomas Traumann, além de Juan Pablo De Vera, presidente da Reed Exhibitions Alcantara Machado, Fernando Haddad, prefeito de São Paulo, Márcio França, vice-governador do Estado de São Paulo, Cláudio Conz, presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) e Walter Cover, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat).

Sua participação, no entanto, não agradou a todos. Às vésperas de um ato nacional, programado para acontecer no próximo domingo dia 15, que pede o impeachment da presidente, Dilma Rousseff foi vaiada ao visitar os estandes da Feicon. As vaias, que duraram cerca de cinco minutos, misturaram-se a palavras de ordem como “Fora PT”. O visível constrangimento fez a presidente mudar de direção enquanto caminhava pela feira para evitar uma aproximação maior com os manifestantes.
Em seguida, Dilma Rousseff dirigiu-se ao Teatro Elis Regina, localizado ao lado do Pavilhão de Exposições do Anhembi, para a abertura oficial do evento.
Durante a solenidade, Claudio Conz, pediu que o governo continue dando incentivos ao setor. “O apelo hoje é muito simples, presidente: nos provoque! Chame o nosso setor. Nós temos mais de 300 mil empresas - entre lojas e indústrias de material de construção e construtoras - em sua grande maioria, de pequeno e médio portes, que operam esse Brasil e que respondem com emprego, com renda e com trabalho. A produção nacional está pronta, a engenharia nacional tem capacidade e as lideranças do nosso setor estão aqui presentes para dizer: nos incentive", ressaltou.

Em seu discurso, a presidente reconheceu que o Brasil passa pelo momento mais difícil dos últimos anos, mas afirmou que os problemas são conjunturais e que o governo fará tudo o que estiver ao seu alcance para que o País se recupere ainda este ano. “Não deixem que as incertezas conjunturais determinem sua visão de futuro do Brasil. Nossa economia tem fundamentos sólidos e nós temos todas as condições de passar a uma nova etapa. Nós vamos - e é o nosso objetivo - fazer todo o esforço para que até o final deste ano os sinais de recuperação já comecem a aparecer”, reforçou.
A presidente aproveitou a ocasião para anunciar que o governo vai implementar a terceira parte do programa "Minha Casa Minha Vida" com a construção de mais três milhões de moradias até o final de 2018.
A cobertura completa do evento poderá ser conferida na edição 260 da Revista Anamaco.

Dia de negócios e de protestos
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