Economia

Desde 2013, mais de 2,1 mil lojas do setor da construção encerraram as atividades

Estudo realizado pelo Departamento de Economia do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Construção (Sincomavi), a partir dos últimos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), órgão do Ministério do Trabalho, mostra que na Região Metropolitana de São Paulo o número de estabelecimentos varejistas de tintas, vidros, ferragens, madeira e material de construção recuou 7,25% entre 2013 e 2016. Isso representa o fechamento de 2.101 lojas de varejo.
Pelas atividades consolidadas, as maiores retrações percentuais são das revendas de tintas e material para pintura, que no período citado contaram com uma queda de 9,8%. “Se considerarmos neste setor o período 2011 a 2016, o retrocesso é de 13,2%”, observa o economista Jaime Vasconcellos.
Os dados revelam que, num momento de crise forte e persistente, tanto trabalhadores como empresários perdem. Vasconcelos destaca que não há apenas retração do mercado de trabalho formal, mas também no número de estabelecimentos.
Na avaliação do economista, a expectativa não é nada alentadora em relação aos dados de 2017. “A profundidade da crise não nos permite sair dela de forma rápida, até porque passamos por um processo de reação, mas longe de uma completa recuperação”, explica.
Isso se refere ao mercado de trabalho e também aos estabelecimentos. Os números no atual ano tendem a apresentar recuo, ainda que possivelmente de forma mais amena. Para um melhor cenário é essencial a continuidade do fortalecimento do consumo das famílias, com estabilidade de preços e juros menores, ao mesmo tempo que haja um ambiente de negócios mais palatável aos investidores. “As reformas estruturais têm papel fundamental nisso”, finaliza.

 

Desde 2013, mais de 2,1 mil lojas do setor da construção encerraram as atividades
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