Exportação de aço na América Latina registra alta de 50,5% de janeiro a julho - Revista Anamaco

Balanço positivo

Exportação de aço na América Latina registra alta de 50,5% de janeiro a julho

Texto: Redação Revista Anamaco

Dados da Associação Latino-americana de Aço (Alacero) indicam que, entre janeiro e julho, as exportações de aço na América Latina registraram alta de 50,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 6.757,2 mil toneladas. Apesar de atingirem patamares elevados, as vendas externas apresentaram redução de 7,8% em agosto sobre julho.
Já as importações sofreram redução de 12,7% no acumulado de sete meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2021, totalizando 14.627,6 mil toneladas. Em julho, o número foi 2,2% menor do que em junho.
De acordo com a entidade, a produção permanece relativamente estável, impulsionada pelo volume expressivo de exportações. O acumulado dos primeiros oito meses do ano registrou sensível redução de 3,3% na produção de aço bruto, em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo 41.882,4 mil toneladas. O aço laminado apresentou queda de 2,8% no mesmo intervalo de tempo, com 36.805,8 mil toneladas.
Quanto à comparação mensal de produção de aço bruto, a Alacero revela que o mês de agosto (5.196,3 mil t) registrou retração de 0,02% em comparação a julho, além de uma redução de 3,9% na produção de Fornos Elétricos (2.552,5 mil t).
Por outro lado, as atividades em Altos Fornos (2.643,8 mil t) aumentaram 4,0%. O material laminado, por sua vez, apresentou redução de 1,7% no mesmo período (4.618,6 mil toneladas em agosto).
Já o consumo de aço laminado apresentou redução de 10,2% até agosto,em comparação com o total de 2021, ano em que cresceu 26%. Ainda assim, os números mantiveram-se 5% acima dos níveis pré-pandemia, totalizando 40.348,6 mil toneladas. Destaques para as variações acumuladas: Chile (-50,2%), Peru (-16,8%) Brasil (-2,7%); Argentina (-1,5%); Colômbia (+13,7%); e México (+1,8).
Na avaliação da Associação, a queda de consumo de 10,2% é explicada pela diminuição do déficit comercial em 35,9% no acumulado. "A produção se manteve em nível alto e as exportações estão elevadas. Portanto, o maior impacto no consumo foi ocasionado pela queda das importações", explica Alejandro Wagner, diretor Executivo da Alacero.
Em conjunto, os números demonstram a capacidade das empresas de reagirem para buscar oportunidades no mercado externo quando a demanda doméstica cai. Na região, a demanda pelo material é impulsionada, sobretudo, por setores industriais, como automotivo, máquinas agrícolas e de mineração. A construção, por sua vez, está desacelerada, como resultado das altas taxas de juros para combater a inflação e incertezas políticas em alguns dos países. “Ponto essencial de análise neste sentido é que, ao se estabilizar o consumo de aço, o mercado doméstico tem se fortalecido. O movimento indica que a região da América Latina sabe defender comercialmente sua produção e consequentemente, seus empregos. Observamos um 2021 positivo, tendo em vista que o mercado se regulou em 2022 e a indústria local se mostrou protegida”, conclui o diretor.

Foto: Adobe Stock

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