Economia

Exterior afeta ânimo dos economistas

O cenário internacional preocupa e economistas se mostram mais desconfiados quanto ao momento econômico atual. Segundo pesquisa que mede o Índice de Sentimento dos Especialistas em Economia (ISE), realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) em parceria com a Ordem dos Economistas do Brasil (OEB), a crise na Grécia foi um dos principais motivos para a queda de 6,7% no nível de confiança dos economistas em maio.
Com a queda, o indicador, que em abril marcava 110 pontos, chegou aos 102,7 e encontra-se quase no limite entre otimismo e pessimismo. O ISE é medido em uma escala que varia de 0 à 200 pontos, sendo que acima de 100 denota otimismo.
O item Cenário Internacional apresentou forte queda de 22% em relação a abril, saindo dos 157,9 pontos e parando nos 123,7. Isso porque, com os problemas na Grécia, as principais bolsas de valores também registraram desvalorização. Com a instabilidade no mercado financeiro, aumentou a volatilidade na Taxa de Câmbio, fazendo cair a confiança dos especialistas.
Quanto ao mercado interno, uma das principais preocupações constatadas pelo indicador é o nível de Gastos Públicos assumidos pelo Estado. Em comparação com abril, a avaliação deste item caiu 25%, chegando aos 22,1 pontos.
Outro ponto com o qual os especialistas estão pessimistas é a taxa de juros, que teve retração de 16% em relação ao mês anterior, atingindo os 54,2 pontos. A inflação e a taxa de juros também apresentaram resultados negativos, apesar dos juros ainda não apresentarem uma séria preocupação para os economistas.
Já o Nível da Atividade Interna - PIB, o Nível de Emprego e os Salários Reais, com 167,1, 147,4 e 123,4 pontos, respectivamente, são os destaques positivos do ISE em maio. A percepção dos Salários Reais teve alta de 12%, tanto para o momento atual, quanto para o futuro.

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