Famílias mais endividadas - Revista Anamaco

Endividamento e inadimplência

Famílias mais endividadas

Texto: Redação Revista Anamaco

A Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada  pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostra que o percentual de famílias que relataram ter dívidas a vencer (cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e casa) foi de 78,1% em março, acima do apurado em fevereiro, mas abaixo do nível de março de 2023. Segundo a entidade, esse resultado revela maior demanda das famílias por crédito, aproveitando o menor custo com juros.
Além de estarem mais endividadas, houve ligeiro aumento do percentual de pessoas que se consideraram “muito endividadas”, 16,8%, interrompendo a queda nos últimos quatro meses. Por outro lado, em março também houve incremento daquelas alegando estarem “pouco endividadas”.
O estudo indica, ainda, que o percentual de famílias com dívidas em atraso, após cinco meses de queda, teve um aumento de 0,5 ponto percentual. No entanto, encontra-se abaixo do percentual de março de 2023.
Já o tíquete médio das dívidas recuou pelo segundo mês consecutivo, com 20,7% dos consumidores tendo mais da metade dos rendimentos comprometidos com dívidas, uma redução de 0,5 ponto percentual no primeiro trimestre do ano. Para conseguir ter uma maior parte da sua renda disponível, as famílias buscaram aumentar o prazo para pagamento das suas contas.
A pesquisa mostra que o cartão de crédito obteve a maior participação no volume de endividados no mês, sendo utilizado por 86,9% do total de devedores, um aumento de 0,8 p.p. na comparação com o mesmo mês do ano passado e estável diante de fevereiro.
Já carnês e cheque especial continuaram perdendo representatividade na carteira de crédito dos consumidores, na comparação anual, enquanto o crédito pessoal apresentou o maior crescimento (+1,6 p.p.), resultado da queda dos juros médios da modalidade, o menor entre os últimos três meses divulgados, 41,2% em janeiro.
O financiamento imobiliário e de carro aparecem logo em seguida, com acréscimo de 1,5 p.p. cada um. Destaque para a redução de 1,4 p.p. nas dívidas em carnês, que, mesmo assim, permanecem como a segunda modalidade mais procurada.

Foto: Adobe Stock

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