Pesquisa

Finanças da pequena indústria pioram

Texto: Redação Revista Anamaco

A situação financeira das pequenas indústrias piorou pelo terceiro trimestre consecutivo, revela o Panorama da Pequena Indústria (PPI), divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI)
De acordo com o estudo, o índice que mede a satisfação dos empresários com as finanças, margem de lucro operacional e facilidade de acesso ao crédito, que vem em queda desde o quarto trimestre de 2024, caiu 0,3 ponto entre o primeiro e o segundo trimestre, de 40,6 pontos para 40,3 pontos. 
Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, frisa que a  alta taxa de juros é um dos principais responsáveis pela trajetória negativa das finanças das indústrias de pequeno porte. “Os juros altos dificultam o acesso ao crédito e pioram as finanças, pois encarecem as dívidas das empresas, diminuindo o lucro dos negócios, porque afetam a demanda por produtos industriais”, explica.
As taxas de juros elevadas foram apontadas como o principal problema da pequena indústria da construção no 2º trimestre. Ao todo, 37,3% dos empresários assinalaram essa como uma preocupação. Em seguida, aparecem a elevada carga tributária (35,6%) e a falta ou alto custo de mão de obra não qualificada (24,6%). 
O levantamento destaca que a competição desleal, seja por informalidade, contrabando ou outros fatores, foi o problema que mais ganhou importância em relação ao 1º trimestre, passando de 14,4% para 22%. 
A pesquisa revela, ainda, que a elevada carga tributária segue como o principal problema para a pequena indústria de transformação, apontada por mais de 40% dos empresários. A demanda interna insuficiente e as taxas de juros elevadas aparecem empatadas na segunda posição do ranking, com 27%. Na passagem do 1º para o 2º trimestre, o problema de competição com importados foi o que mais cresceu, saltando de 8,3% para 12,3%. 
Outro dado apurado pelo estudo mostra que a queda no 1º trimestre, o índice de desempenho da pequena indústria subiu 1,2 ponto no 2º trimestre, passando de 44,7 pontos para 45,9 pontos. O indicador considera volume de produção, utilização da capacidade instalada efetiva em relação ao usual e evolução do número de empregados. 
O PPI é uma publicação trimestral produzida a partir dos dados da Sondagem Industrial, Sondagem Indústria da Construção e Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI).

Foto: Adobe Stock

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