Geração própria solar no Brasil atinge a marca de 40 gigawatts - Revista Anamaco

Energia solar

Geração própria solar no Brasil atinge a marca de 40 gigawatts

Texto: Redação Revista Anamaco

Em meio ao novo aumento na conta de luz e o debate em torno da proposta de reforma do setor elétrico pela Medida Provisória (MP 1300/2025), o Brasil acaba de registrar a marca de 40 gigawatts (GW) de energia solar em telhados, fachadas e pequenos terrenos, conforme mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
De acordo com a entidade, os investimentos acumulados na modalidade superam os R$ 173,7 bilhões no País, responsáveis pela criação de mais de 1,2 milhão de empregos verdes acumulados desde 2012.
Além disso, são mais de 5,3 milhões de unidades consumidoras atendidas, atualmente, pela tecnologia fotovoltaica, com mais de 3,6 milhões de sistemas instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos. Do total de conexões, as residências lideram com 2,8 milhões (79%), seguidas pelos estabelecimentos comerciais, com 356 mil (10%) e o setor rural, com 306 mil (8,6%). 
A Absolar defende que a MP da reforma do setor elétrico, em tramitação no Congresso Nacional, possa trazer soluções para os desafios enfrentados na geração distribuída renovável, no sentido de ampliar a democratização da tecnologia e acelerar a transição energética sustentável.
Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da entidade, lembra que a geração distribuída conta com amplo apoio popular e social, com pesquisas que indicam que nove em cada dez brasileiros querem gerar a própria energia limpa e renovável. “Mudar as regras, recentemente aprovadas na Lei 14300 por quase unanimidade pelo Congresso Nacional, seria uma medida impopular e desalinhada com a transição energética justa e sustentável do Brasil, além de poder levar a insegurança jurídica e judicialização indesejadas para todo o setor”, ressalta.
Rodrigo Sauaia, CEO da Absolar, acrescenta que a entidade seguirá atuando pelo aprimoramento da reforma e modernização do setor elétrico brasileiro, sempre com o compromisso de contribuir, junto ao Congresso Nacional, na busca de consensos e propostas que fortaleçam a justiça tarifária, a liberdade do consumidor e o equilíbrio do setor elétrico, sem renunciar a transição energética e a sustentabilidade.
Atualmente, a tecnologia fotovoltaica está presente em 5.566 municípios e em todos os Estados brasileiros. De acordo com levantamento, o segmento contribuiu para uma arrecadação aos cofres públicos de mais de R$ 52,3 bilhões.
Em termos de potência instalada, o Estado de São Paulo é primeiro no ranking, com 5,7 gigawatts (GW). Na sequência, aparecem Minas Gerais, com 4,8 GW; Paraná, com 3,6 GW; Rio Grande do Sul, 3,4 GW; e Mato Grosso, 2,6 GW.
Segundo a Associação, o crescimento da geração própria solar amplia o protagonismo do Brasil na geopolítica da transição energética global. Também fortalece a sustentabilidade, alivia o orçamento das famílias e eleva a competitividade dos setores produtivos brasileiros. “Ao aproximar a geração de eletricidade dos locais de consumo, a geração própria solar reduz o uso da infraestrutura de transmissão, aliviando pressões sobre sua operação e diminuindo perdas em longas distâncias, o que contribui para a confiabilidade e a segurança em momentos críticos”, conclui Sauaia.

Foto: Divulgação

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