Economia

Inadimplência em queda

O bom momento da economia brasileira fez com que o Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor registrasse queda de 6,7% entre janeiro e março deste ano em relação ao mesmo período de 2009. Este recuo é o maior já registrado no primeiro trimestre desde a criação do indicador em 2000.
Segundo os economistas da Serasa Experian, a variação se deve à boa conjuntura econômica de 2010, com mercado aquecido, geração de empregos e evolução na renda, fatores que contribuem para a queda na inadimplência. No primeiro trimestre de 2009, período de comparação, o Brasil vivia o auge da crise econômica mundial.
Na análise mensal, comparando março com fevereiro, o indicador mostra um aumento de 13,9%. A alta deve-se a uma sazonalidade de aumento da inadimplência em março, devido ao encerramento do prazo de pagamento para algumas despesas típicas de início de ano, como IPVA e gastos com escola.
Além disso, neste ano, março teve cinco dias úteis a mais do que fevereiro e, ainda, a alta dos preços dos alimentos reduziu os recursos disponíveis do consumidor para honrar suas dívidas. A comparação anual, ou seja, de março de 2009 contra março de 2010, mostra queda de 9,1%, que é o maior recuo entre dois meses de março desde 2000.
Para os economistas da entidade, a perspectiva é de que, no restante do 1º semestre, a inadimplência continue em queda na relação acumulada, podendo sofrer algumas pressões no 2º semestre, decorrente do maior endividamento e do iminente aperto monetário, devido à elevação dos juros.
No primeiro trimestre, as dívidas com bancos continuaram sendo responsáveis pela maior parte da inadimplência registrada no indicador, com 48,4% do total. Por outro lado, as pendências com cartões de crédito representam 32,6%, cheques sem fundos, 16,9% e, protestos, 2,1%.

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