Índice Abramat

O Índice da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Construção (Abramat) registrou retração em novembro, após dois meses consecutivos de crescimento. No mês, as vendas recuaram 8,3% em comparação com outubro. Já em relação ao mesmo mês de 2016 a queda foi de 3,0%.
O resultado de novembro, contrariando a tendência de melhora dos últimos dois meses, levará a indústria a atingir sua projeção de queda das vendas para 2017 em 5%.  “Os principais motivos pelo desempenho negativo em 2017 continuam sendo a alta taxa de desemprego, os juros altos no mercado e a crise política que se alonga e prejudica a economia brasileira como um todo”, acredita Walter Cover, presidente da entidade.
O cenário preocupa as lideranças de toda cadeia da construção, que pleiteiam mudanças e se articulam em prol do setor que há alguns anos atrás já representou 10% do Produto Interno Bruto (PIB) doméstico e hoje com um PIB menor, representa pouco mais de 7%. “A única forma de obter um crescimento relevante e sustentado da economia e do emprego é através do incremento do investimento onde a construção tem um papel central. O Brasil, além da crise política e econômica, apresenta problemas graves de infraestrutura que prejudicam todos os demais setores produtivos, do déficit de moradias, além de legislação arcaica que onera os geradores de emprego, traz insegurança jurídica e dificulta a previsibilidade por parte do investidor. O fraco desempenho da construção puxou o PIB para baixo em 2017 e se não houver mudanças urgentes o quadro se repetirá em 2018”, declara Cover.