Indústria desacelera em setembro - Revista Anamaco

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Indústria desacelera em setembro

Texto: Redação Revista Anamaco

Os Indicadores Industriais, pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostram um quadro de desaceleração em setembro. O faturamento, o emprego e a utilização da capacidade instalada recuaram. As horas trabalhadas na produção caíram um pouco mais forte, mas a queda não reverte a alta de agosto. Já a massa salarial e o rendimento cresceram pelo quarto mês consecutivo e tiveram avanço em sete dos nove meses do ano. “Apesar da desaceleração registrada nesse mês, existem elementos que podem afetar, positivamente, a indústria de transformação, entre eles a recomposição contínua da renda da população, que permite a sustentação do consumo dos bens industriais, e a reorganização da cadeia de suprimentos, que alivia a pressão sobre os custos de produção”, explica a economista da CNI, Larissa Nocko.
De acordo com o estudo, o faturamento real da indústria de transformação apresentou recuo de 0,2% em relação ao resultado de agosto. Apesar disso, exibe trajetória de alta desde novembro de 2021, o que faz com que o faturamento se encontre 7,9% acima do patamar de setembro de 2021.
Já o Emprego industrial registrou retração de 0,4% na comparação com agosto. Segundo o levantamento, é o segundo mês consecutivo de queda, o que sugere a perda do ritmo de crescimento do emprego depois de sucessivas altas apresentadas desde o segundo semestre de 2020. Na comparação com setembro de 2021, a elevação é de 0,6%. 
No sentido inverso, a massa salarial real cresceu 0,3% sobre agosto. O índice registrou o quarto mês consecutivo de alta e acumula crescimento de 5,5% na comparação entre maio e setembro. Na comparação com setembro de 2021, o incremento é de 6,4%.
Também em alta, o rendimento médio real dos trabalhadores da indústria mostrou avanço de 0,7% entre setembro e agosto. É o quarto mês consecutivo de elevação. Apesar da queda no mês, na comparação com setembro de 2021, o rendimento apresenta avanço de 5,8%.
As horas trabalhadas na produção, por sua vez, cederam 1,1% em setembro sobre o mês anterior. Apesar da queda, o índice mostra tendência de crescimento desde 2021, de modo que as horas trabalhadas permanecem próximas do ponto mais alto de 2022, inferiores apenas ao registrado em agosto. Na comparação com setembro de 2021, há crescimento de 3,3%.
Já a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) recuou 0,1 ponto percentual em setembro, para 80,2%. O indicador está acima dos 80% desde março de 2021, percentual superior ao praticado antes da pandemia.

Foto: Adobe Stock

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