Economia

Intenção de consumo das famílias recua em junho, detecta pesquisa da CNC

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), alcançou 86,7 pontos em junho, o que representa queda de 0,5% em relação ao mês passado. Já na comparação anual, houve alta de 12,4%. Com os resultados de junho, a pesquisa completa 38 meses abaixo dos 100 pontos, mostrando a insatisfação persistente das famílias quanto às condições de consumo.
O resultado negativo em junho foi suavizado pela percepção mais positiva quanto ao emprego atual, reflexo da melhoria no mercado de trabalho. Esse subíndice da pesquisa registrou 113,4 pontos, com aumento de 0,5% em relação ao mês passado e 5,8% na comparação anual. Segundo o levantamento, o percentual de famílias que se sente mais segura em relação ao emprego atual também apresentou alta. Em 2017, o indicador era de 31,2% e este ano alcançou 33,9%.
Em relação às perspectivas de mercado de trabalho, o indicador recuou 0,4% na comparação com maio, mas ficou 7,1% maior em relação a igual período de 2017. Desde abril do ano passado, é a quinta vez que o indicador fica acima da zona de indiferença, alcançando 103,4 pontos.
O subíndice Nível de Consumo Atual apresentou leve recuo de 0,1% na comparação com maio, porém aumento de 19,9% em relação a junho de 2017. Já o componente Momento para Duráveis apresentou queda de 1,1% no comparativo mensal, mas em relação ao ano passado a alta registrada foi de 17,5%. O estudo aponta que o índice segue abaixo da zona de indiferença, com 60,8 pontos.
O levantamento da CNC mostra ainda que o subíndice Renda Atual voltou ao patamar de neutralidade (100 pontos) e o componente Acesso ao Crédito teve queda de 0,3% na comparação mensal e aumento de 14,6% em relação a junho de 2017. Apesar da melhora de todos os subíndices em relação ao ano passado, 42,8% das famílias entrevistadas declararam estar com o nível de consumo menor do que em 2017.
Mesmo considerando os impactos negativos decorrentes da greve dos caminhoneiros e a paralisação de linhas de produção durante alguns dias do mês de maio, a CNC mantém a expectativa de crescimento do comércio em 2018 e aponta alta de 5,0% no varejo ampliado.
Na avaliação da entidade, os impactos das manifestações de maio desequilibraram a economia no curto prazo, mas não e devem comprometer a tendência de alta nas vendas em relação ao ano passado.

 

Intenção de consumo das famílias recua em junho, detecta pesquisa da CNC
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