Medo do desemprego cresceu em dezembro, aponta CNI   - Revista Anamaco

Emprego

Medo do desemprego cresceu em dezembro, aponta CNI  

Texto: Redação Revista Anamaco

O Índice do Medo do Desemprego, medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), ficou em 57,1 pontos em dezembro, resultado acima da média histórica de 50,2 pontos. No trimestre, o indicador subiu 2,1 pontos na comparação com setembro do ano passado e está um ponto acima do registrado em dezembro de 2019. O estudo considera entrevistas feitas, pelo Ibope Inteligência, com duas mil pessoas, em 126 municípios, entre 05 de 08 de dezembro.
A pesquisa mostra que homens e mulheres estão com percepções diferentes em relação ao desemprego. As trabalhadoras têm mais medo de perder o trabalho: indicador delas ficou em 64,2 pontos, enquanto o do gênero masculino é de 49,4 pontos. Em ambos os sexos houve aumento do medo do desemprego, na comparação com setembro.
O levantamento mostra que o temor também cresceu entre os entrevistados com educação superior: o índice passou de 50,1 pontos em setembro para 54,7 pontos em dezembro. Ainda assim, esse grupo da população apresenta o menor índice de medo do desemprego por grau de instrução.
O medo é maior entre os entrevistados com grau de instrução inferior ao ensino médio completo (59,1 pontos entre os com instrução até a 4ª série da educação fundamental e 59,2 pontos entre os com da 5ª à 8ª série).
Na análise geográfica, o receio de ficar sem trabalho cresceu mais entre os moradores das periferias: o índice subiu de 55,9 pontos, em setembro, para 65,5 pontos em dezembro. Entre os moradores das capitais, o índice é de 57,5 pontos e, nas cidades do interior, de 55,2 pontos.
Já o Índice de Satisfação com a Vida (ISV) alcançou 70,2 pontos em dezembro, ficando acima da sua média histórica, de 69,6 pontos. Isso não ocorria desde 2014. Com o crescimento, o indicador mantém a tendência de recuperação iniciada no fim de 2016.
Esse aumento foi maior entre os entrevistados com renda familiar até dois salários mínimos, mas mesmo assim esse grupo apresenta o menor índice. A pesquisa mostra que a satisfação cresce na medida em que aumenta a renda familiar e o grau de instrução do entrevistado.
Ela também é maior entre os mais jovens. O índice cai de 72,8 pontos, entre os entrevistados com 16 anos a 24 anos de idade, para 68,9 pontos entre os com 55 anos ou mais.

Foto: Adobe Stock

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