Nível neutro
Texto: Redação Revista Anamaco
O Índice Nacional de Confiança (INC), elaborado pela PiniOn para a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), alcançou em novembro, 100 pontos, aumentando 2,0%, em relação a outubro, e diminuindo 2,9%, na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Essa é a quarta alta do INC no ano, levando o índice pela primeira vez desde fevereiro a deixar o campo pessimista (abaixo de 100 pontos), passando para o neutro (igual a 100 pontos). A sondagem foi realizada com uma amostra de 1.679 famílias, em nível nacional, residentes em capitais e cidades do interior.
O estudo mostra que, em termos regionais, os resultados voltaram a ser heterogêneos: aumento da confiança nas regiões Centro-Oeste, Norte e Sudeste, estabilidade no Nordeste e queda no Sul.
Na análise por classes socioeconômicas, também houve resultados mistos: aumento da confiança das famílias pertencentes às classes AB e DE e estabilidade para aquelas da classe C. Por gênero, houve aumento do otimismo tanto para os entrevistados do sexo feminino, como para aqueles pertencentes ao masculino.
O levantamento indica, ainda, que houve melhora mais intensa da percepção das famílias em relação à situação financeira atual, enquanto as expectativas de renda e emprego também apresentaram melhora em relação ao mês anterior, com aumento da segurança no emprego.
O aumento generalizado da confiança resultou em maior disposição relativa a comprar itens de maior valor, como carro e casa, e bens duráveis, como geladeira e fogão, além de aumentar a propensão a investir.
Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, observa que o mercado de trabalho continua gerando aumentos de renda e emprego, o que, unido ao novo consignado, ao pagamento dos precatórios e a outras transferências de renda governamentais sustentam o ânimo e o consumo das famílias. “O alto grau de endividamento das famílias e os efeitos negativos das altas taxas de juros sobre a atividade econômica, que seguirão sendo sentidos, poderão gerar diminuição da confiança do consumidor, ao longo dos próximos meses”, alerta Gamboa.
Foto: Adobe Stock




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