Economia

Otimismo com os rumos do País

Pela primeira vez desde agosto de 2008, o Índice de Sentimento dos Especialistas em Economia (ISE) alcança o patamar de otimismo (acima de 100 pontos). O indicador, calculado pela Fecomercio em parceria com a Ordem dos Economistas do Brasil (OEB), apresentou um aumento de 10% em julho em relação a junho, passando de 95,8 pontos para 105,4 pontos, a quarta alta consecutiva, superando inclusive os níveis pré-crise.
Em comparação com o mesmo mês do ano passado, o ISE apresenta alta de 4%. Dos nove itens que compõem o indicador, cinco se mantiveram no patamar de otimismo: Cenário Internacional (145,2), Nível de Atividade Interna - PIB (145), Taxa de Câmbio (123,7), Oferta de Crédito ao Consumidor (115,2) e Taxa de Inflação (105,4).
De acordo com os economistas entrevistados, esses itens estão adequados para a economia e apresentam melhora. Além desses, mais um item apontou otimismo pela primeira vez em 2009: Nível de Emprego que passou de 87,9 para 111,6 pontos em julho.
Segundo Guilherme Dietze, economista da Fecomercio, além de dados positivos em relação ao emprego, a melhora na oferta de crédito e as vendas no varejo no Brasil, superando as expectativas, foram os principais motivos para a alta no mês. "Este resultado mostra a volta do otimismo dos economistas em relação aos cenários interno e externo, atuais e futuros", afirma o economista.
Por outro lado, três itens ainda ficaram em estado de pessimismo: Salários Reais (89,9), Taxa de Juro (78,9) e Gastos Públicos (33,3). Este último, desde o início da série, continua como o pior desempenho do ISE e foi o único a ter uma redução na margem, quando no mês anterior apontou 34,1 pontos. Quanto à Taxa de Juro, embora mais uma vez o Banco Central tenha reduzido a taxa Selic, a avaliação é que ainda se encontra inadequada para a economia.
O ISE é composto por dois sub-índices: o Atual, que analisa o sentimento dos economistas em relação ao presente, e o Futuro, que mede o sentimento em relação ao futuro. Em julho, nota-se um forte aumento de ambos com alta de 8,5% e 10,9%, respectivamente.
O sub-índice Atual apesar do forte ganho, ainda permanece no patamar de pessimismo com 84,3 pontos. Já o Futuro continua pelo quarto mês consecutivo na área otimista, com 126,4 pontos.
Dietze explica que a variação acumulada do ISE desde março apresentou alta de 45%. Isso mostra uma forte recomposição da confiança em relação à economia. "Seguindo a tendência, espera-se uma nova alta para o próximo mês".

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