Confiança em baixa

Otimismo da indústria tem primeira queda trimestral em quase dois anos

Texto: Redação Revista Anamaco

O Índice de Confiança da Indústria (ICI), da Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 3,6 pontos em setembro, para 96,1 pontos, o menor desde outubro de 2017 (95,9 pontos). Com o resultado, o ICI fecha o terceiro trimestre em 98,6 pontos, registrando queda de 2,1 pontos em relação ao trimestre anterior, o que significa o primeiro recuo desde o quarto trimestre de 2016.
No mês, o Índice da Situação Atual (ISA) caiu 2,7 pontos, para 95,2 pontos, a segunda queda consecutiva. Com recuo mais acentuado, de 4,3 pontos, o Índice de Expectativas (IE) atinge 97,1 pontos e retorna ao nível moderadamente baixo (abaixo de 100 pontos) que havia deixado para trás no início deste ano. Tanto o ISA quanto o IE apresentaram queda difusa: na situação atual, atingiu 12 dos 19 segmentos; nas expectativas, 14 de 19.
O indicador que mede a percepção sobre a situação atual dos negócios foi a principal influência na queda do ISA em setembro, com recuo de 3,4 pontos, para 93,5 pontos. O percentual de empresas considerando bom o ambiente de negócios caiu de 18,0% para 16,1%, enquanto a parcela que o considera fraco subiu de 22,6% para 23,6% do total.
As expectativas dos empresários sobre a produção nos próximos três meses foram o principal componente a influenciar o recuo do IE no mês. O indicador caiu 8,1 pontos, para 98,4 pontos, menor nível desde janeiro (98,0). Houve diminuição da proporção de empresas prevendo aumento da produção, de 43,7% para 36,6%, e aumento da parcela das que esperam redução, de 17,7% para 23,1% do total.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) avançou 0,9 ponto percentual (p.p.) em setembro, para 76,9%. Mesmo com esse resultado, o NUCI fecha o terceiro trimestre em 76,2%, 0,2 p.p. abaixo do registrado no segundo trimestre.

Foto: Fotolia

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