Economia

Otimistas, mas realistas

Pesquisa realizada pela Fecomercio com 300 empresas de São Paulo indica que os empresários do setor varejista estão otimistas em relação ao primeiro Natal pós-crise, mas ainda mantém uma certa reserva.
De acordo com a análise, 33% dos empresários vão aumentar as encomendas para o Natal e 24% dos varejistas vão reduzir. Outros 44% estão fazendo encomendas iguais ao do ano passado. Já em relação aos estoques, 39% dizem que será maior e 44% responderam que será igual ao do Natal do ano passado. "Esses dados mostram um viés de alta para as encomendas de Natal, porém o varejo mantém cautela. Mesmo assim, o resultado geral é positivo, na mesma direção que o consumidor parece estar apontando nas pesquisas de intenção de compra e de confiança. Desse diálogo entre consumidor e empresários até o final do ano é que os ajustes de perspectivas serão feitos, de ambos os lados", afirma Fabio Pina, economista da Fecomercio.
Segundo a pesquisa, mais de 65% dos empresários vão trabalhar com produtos direcionados à classe C, enquanto 43% para a classe B e 24% para as classes D e E. Para trabalhar com produtos voltados principalmente à Classe C, os empresários vão alavancar suas vendas por meio de parcelamentos.
Como se trata de capital próprio a maioria das empresas (64%) vai oferecer parcelamento em três vezes sem juros. Já 37% vão oferecer mais de três parcelas, com pouco envolvimento de financiamento tradicional (via banco ou financeira vinculada à loja).
De acordo com Pina, a maioria das empresas mira nas classes B e C, não por coincidência. O público A é muito restrito e poucas empresas podem se dar ao luxo de trabalhar apenas para esse nicho. Do outro lado estão as classes D e E, com rendas médias ainda muito baixas, o que inviabiliza um volume de negócios muito grande, ainda que o contingente populacional seja elevado. Desta forma, trabalhar as camadas do meio da população é a estratégia vigente de grande parte das empresas.

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