Para estimular o consumo e o patriotismo - Revista Anamaco

Semana do Brasil

Para estimular o consumo e o patriotismo

Texto: Simone de Oliveira

Com o mote “Todos juntos com segurança pela retomada e o emprego”, o Ministério das Comunicações lança a segunda edição da Semana do Brasil. A ação, que será a grande data do varejo após a reabertura do comércio, que vem sofrendo restrições desde março, com o início do surto de coronavírus no País, está marcada para acontecer entre os dias 03 e 13 de setembro em todo o Brasil. “Ela vai se tornar o ponto de partida de um novo tempo para o comércio, tempo de normalização da relação econômica entre pessoas e empresas”, acredita Fabio Wajngarten, secretário-executivo do Ministério das Comunicações, acrescentando que o objetivo da Semana do Brasil é criar um momento especial para os consumidores, estimulando a economia e incentivando o sentimento de patriotismo da população.
Segundo ele, toda a ação será feita com respeito às normas de segurança sanitária, com empresários e consumidores cientes da importância da manutenção e fomento das relações comerciais, bem como do cuidado com a saúde do próximo. “Quisemos fazer uma semana mais longa para que não haja concentração populacional nas lojas e nos shoppings”, explica.
A campanha, que tem por objetivo criar uma nova realidade e celebrar a retomada responsável e com segurança da economia e dos empregos, este ano, será coordenada pelo Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV). Na edição anterior, foi de iniciativa da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) do Governo Federal.

A Semana do Brasil vai se tornar o ponto de partida de um novo tempo para o comércio e de normalização da relação econômica entre pessoas e empresas


A Semana do Brasil, segundo Wajngarten, conta, até o momento, com a adesão de 83 associações do comércio varejista e pretende oferecer descontos de até 80% em vários produtos para os consumidores.
De acordo com Marcelo Silva, presidente do IDV, a iniciativa está alicerçada em três pilares: colaboração, otimismo e oportunidade e reúne todas as condições de ser maior do que a do ano passado. “Nós precisamos, gradativamente, ir restaurando o clima de confiança dos brasileiros no País. Então, nada melhor do que realizar esse evento na semana da Pátria”, destaca.
O evento tem o apoio de diversas entidades e deverá unir todos os setores econômicos e concorrentes, levando vantagens reais aos consumidores para estimular o consumo. “Todo o varejo se uniu, por meio de suas entidades, para realizar o evento deste ano, amplificando o seu alcance e dando condições para que pequenas e médias empresas também possam se engajar e tirar proveito desta retomada”, pontua.
O executivo lembra que a crise gerou grande impacto em todos os setores da economia brasileira e fatores econômicos e sociais modificaram a relação com o consumo, tornando-o mais racional e menos emocional. “As pessoas estão mobilizadas para salvar negócios e empregos, alguns indicadores têm mostrado uma reação da economia e há uma demanda reprimida, pois muitos consumidores estão ansiosos para retomar a rotina das compras, mas de forma mais consciente, aguardando por oportunidades reais de bons negócios”, explica o presidente do IDV.
Apesar de estarem conscientes sobre o momento atípico vivenciado em 2020, as entidades acreditam que a Semana do Brasil pode significar a recuperação dos empregos perdidos com a pandemia. “Precisamos resgatar o problema social que estamos vivendo para recuperar o emprego e a renda”, observa Alfredo Cotait, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

É preciso, gradativamente, ir restaurando o clima de confiança dos brasileiros no País. Então, nada melhor do que realizar esse evento na semana da Pátria

Cotait se diz otimista com a segunda edição da Semana do Brasil e acredita que a data pode ser um marco na retomada do consumo. “Sem consumo não tem emprego e, para nós, o emprego é o ponto principal. Nós todos temos de trabalhar. É a pequena empresa que gera os principais postos de trabalho no País”, frisa.
Marcos Gouvêa de Souza, conselheiro do IDV, também concorda que a medida irá marcar, de alguma maneira, a retomada do consumo de forma responsável e seguindo todos os protocolos. “Com a saúde não podemos fazer concessão”, observa.
Para o presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), José Roberto Tadros, o evento também se traduz em uma oportunidade “para demonstrar a representatividade institucional do Sistema Comércio regional aos empresários”. Segundo ele, a Confederação está orientando as Federações sobre a possibilidade de mobilizar seus associados para que participem da campanha, engajando-se nesta que é a primeira grande data do varejo neste ano, cadastrando-se no site e realizando a ambientação dos espaços físicos e virtuais com a marca da campanha.
Em 2019, durante a primeira edição da Semana do Brasil, mais de 14 mil empresas participaram da campanha. A expectativa do governo, este ano, é superar esse número.
E o balanço foi positivo. De acordo com dados do IDV, as vendas cresceram 11% nas lojas físicas, enquanto no e-commerce o faturamento foi incrementado em 32%. “Estamos mobilizando todo o varejo para buscar as melhores formas de viabilizar as ações promocionais. Esta é uma ação totalmente suprapartidária, que trará benefícios para a economia do País como um todo”, finaliza Gouvêa de Souza.

Foto: Divulgação 

 

 

 

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