Percepção do brasileiro sobre a renda
Texto: Redação Revista Anamaco
A quinta edição dos Indicadores de Qualidade do Trabalho da Sondagem de Mercado de Trabalho, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), aborda a percepção sobre a renda nos últimos três meses.
Nesse tema, os respondentes são consultados a dar sua visão sobre como tem evoluído sua renda, se ela é suficiente para pagar as contas essenciais e depois apontam quais são as três maiores despesas nesse período.
O resultado, com dados do trimestre encerrado em outubro, mostra que a maior parte dos respondentes (70,1%) afirma conseguir pagar suas contas essenciais nos últimos três meses com a renda auferida no período de referência.
Em seguida, foram convidados a apontar quais foram as três maiores despesas que mais impactam no orçamento da família. Para 73,9%, a parte da alimentação é a que mais pesa no orçamento, em seguida, duas opções registram quase um empate técnico: aluguel ou financiamento com moradia (43,1%) e contas de serviços públicos (41,2%), que considera água, eletricidade e outras. Também foram citadas por mais de 20% dos respondentes as opções despesas médicas e com saúde, e dívidas em geral.
Rodolpho Tobler, economista do FGV Ibre, explica que a evolução favorável do mercado de trabalho nos últimos meses tem indicado não só uma melhora na geração de vagas, mas também um aumento da renda média.
Segundo ele, essa elevação salarial parece se refletir no indicador de percepção sobre a renda, que mostra uma ampla maioria conseguindo pagar suas despesas essenciais. “Ao observar as principais despesas do período, chama atenção o peso da alimentação. Com um cenário inflacionário menos pressionado recentemente, esse alívio pode ter contribuído para melhorar a percepção geral sobre a renda. Por outro lado, destaca-se o fato de que mais de 20% das pessoas apontam as dívidas como uma das despesas mais relevantes no orçamento. Para os próximos meses, diante da expectativa de desaceleração da economia e do mercado de trabalho, não é esperado que os indicadores de percepção sobre a renda mantenham o ritmo de melhora observado até aqui”, finaliza.
Foto: Adobe Stock



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