Confiança do consumidor

Percepção melhora

Texto: Redação Revista Anamaco

O Índice Nacional de Confiança (INC), elaborado para a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) pela PiniOn, alcançou 96 pontos em setembro, aumentando 1%, em relação a agosto, e diminuindo 6,8%, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Essa é a segunda alta do INC que, desde fevereiro, permanece no campo pessimista (abaixo de 100 pontos). A sondagem foi realizada com 1.679 famílias, em nível nacional, residentes em capitais e cidades do interior.
O estudo mostra que, regionalmente, os resultados foram heterogêneos: estabilidade da confiança no Sul, redução no Nordeste e aumento no Centro-Oeste, Norte e Sudeste. Entre as classes socioeconômicas, o cenário também foi misto: queda do índice nas classes AB e DE e alta entre os consumidores da classe C. A análise por gênero, por sua vez, revela aumento da confiança entre os entrevistados do sexo feminino e redução entre os homens.
A pesquisa mostra, ainda, que as famílias demonstraram uma leve melhora na percepção sobre as condições atuais na situação financeira, enquanto as expectativas de renda e emprego mostraram melhora significativa em relação ao mês anterior, com aumento da sensação de segurança no emprego.
Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, observa que o aumento generalizado da confiança resultou em maior disposição para a compra de itens de maior valor, como carros, imóveis e bens duráveis (geladeira, fogão, entre outros). Já a propensão a investir para o futuro manteve-se estável.
Segundo ele, o mercado de trabalho continua gerando aumentos de renda e emprego. “Além disso, medidas como o novo consignado, o pagamento de precatórios e outras transferências de renda governamentais também sustentam o ânimo e o consumo das famílias. No entanto, o elevado endividamento das famílias e os efeitos negativos das altas taxas de juros sobre a atividade econômica - já perceptíveis -, podem reduzir a confiança do consumidor nos próximos meses”, conclui.

Foto: Adobe Stock

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