Pesquisa indica estabilidade na perspectiva do varejo para os próximos meses - Revista Anamaco

Termômetro Anamaco

Pesquisa indica estabilidade na perspectiva do varejo para os próximos meses

Texto: Redação Revista Anamaco

A Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Empresas (Sebrae) acabam de divulgar o Termômetro Anamaco de junho, estudo elaborado, com exclusividade, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).
De acordo com a pesquisa, a percepção dos varejistas de material de construção sobre as vendas mostra estabilidade. As indicações de alta passaram de 24% em maio para 23% em junho, enquanto as de queda, recuaram de 26% para 22%. Em junho de 2021, esses percentuais foram de 33% e 23%, respectivamente.
Com isso, o indicador de vendas correntes voltou a subir, ultrapassando o limiar da neutralidade (100 pontos). Em entre maio e junho, esse passou de 98 pontos para 101 pontos. Mesmo assim, a comparação anual segue desfavorável, uma vez que, em junho do ano passado, o indicador era de 110 pontos.
Quando o levantamento considera os varejistas por especialidade, os resultados foram variados. Houve melhora na percepção de alta nas vendas nas lojas de material básico e pintura. Mas as indicações de alta recuaram nos segmentos de material elétrico, hidráulico, revestimentos e nas lojas generalistas.
Na análise por porte da loja (número de colaboradores), houve relativa estabilidade das indicações de alta nas vendas entre as menores (até nove funcionários): 23% das respostas em junho contra 22% em maio. Nos estabelecimentos médios (entre 20 e 49 colaboradores), essas respostas otimistas caíram de 26% para 19%. Em termos absolutos, os home centers (mais de 99 empregados) reportaram mais crescimento nas vendas (31% das respostas) em relação aos bem pequenos (de um a quatro empregados: 21%).
Em termos regionais, as assinalações de crescimento se elevaram entre maio e junho no Sul (21%) e no Sudeste (25%). A Região com a maior parcela de assinalações positivas foi, novamente, o Centro-Oeste (31%). No outro extremo, esse indicador foi de apenas 19% no Nordeste, Região onde as assinalações de alta recuaram 12 pontos percentuais frente a maio. No Norte, as indicações de alta nas vendas somaram 21% das respostas.
O estudo revela, ainda, que a relativa estabilidade na percepção dos varejistas do setor também foi sentida no indicador de expectativas de vendas para os próximos três meses. Entre maio e junho, as respostas otimistas subiram de 50% contra 52%. Em junho de 2021, as assinalações otimistas sobre as vendas futuras haviam sido mais altas: 59%. Com esse resultado o indicador de vendas futuras voltou a subir, chegando em junho a 147 pontos contra 143 em maio. Há um ano, esse mesmo indicador de vendas futuras havia sido de 152. Em termos regionais, as regiões que registraram maior otimismo com relação às vendas nos próximos três meses foram o Centro-Oeste (65%), Sul e Sudeste (ambos 52%). No Nordeste e no Norte houve fortes recuos nesse indicador (10 p.p. e 17 p.p., respectivamente) e as assinalações de alta para os próximos meses foram de 48% e 47%, respectivamente.
Em contraste com a estabilidade do sentimento relativo às vendas, correntes e futuras, as expectativas dos revendedores de material de construção quanto às ações do governo nos próximos doze meses pioraram em junho, possivelmente como reflexo da inflação persistente. No mês, 48% dos entrevistados estavam otimistas contra 52% em maio.

Foto: Adobe Stock

Pesquisa indica estabilidade na perspectiva do varejo para os próximos meses
Compartilhe esse post:

Comentários