Perspectiva pessimista

Pesquisa revela deterioração das expectativas do empresário da construção

Texto: Redação Revista Anamaco

O Índice de Confiança da Construção (ICST), do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), recuou 1,3 ponto em julho, para 92,7 pontos, o que representa o menor nível desde junho de 2021 (92,3 pontos). Na média móvel trimestral, o índice cedeu 0,3 ponto, mantendo a tendência de baixa.
Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção da entidade, observa que o segundo semestre começou com deterioração das expectativas em relação aos próximos meses. “A percepção generalizada das empresas dos diversos segmentos setoriais é de que os negócios e a demanda ficarão piores. Ainda há mais empresas que indicam que haverá aumento da demanda, mas o saldo de julho foi o menor desde maio de 2021. Por outro lado, os empresários também apontam que a atividade corrente segue aquecida e mantendo a pressão sobre o mercado de trabalho. Os próximos meses irão mostrar se esse foi um movimento pontual ou se, de fato, pode-se esperar uma desaceleração mais intensa do ciclo de negócios”, pontua.
De acordo com o estudo, a queda da confiança da construção em julho resultou, exclusivamente, da piora das expectativas para os próximos meses. O Índice de Expectativas (IE-CST) caiu 3,3 pontos, para 93,0 pontos, o menor nível desde maio de 2021 (89,1 pontos), enquanto o Índice de Situação Atual (ISA-CST) avançou 0,5 ponto, atingindo 92,5 pontos.
Entre os componentes do IE-CST, ambos retrocederam: o indicador de demanda prevista nos próximos três meses recuou de 3,4 pontos, para 94,3 pontos, e o de tendência dos negócios nos próximos seis meses diminuiu 3,1 pontos, chegando aos 91,7 pontos.
No sentido inverso, os dois componentes do ISA-CST subiram: o indicador de situação atual dos negócios aumentou 0,4 ponto, alcançando 92,0 pontos, e o indicador de volume de carteira de contratos cresceu 0,6 ponto, para 93,0 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) da construção cedeu 1,1 ponto percentual (p.p.), para 78,2%. Os NUCIs de Mão de Obra e de Máquinas e Equipamentos caíram 1,1 e 1,7 ponto percentual, para 79,2% e 72,2%, respectivamente.

Foto: Adobe Stock

 

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