Termômetro Anamaco Sebrae

Texto: Redação Revista Anamaco 

Os resultados do Termômetro Anamaco, pesquisa exclusiva realizada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) para a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), relativos a setembro revelam nova queda no desempenho das vendas correntes, que passaram de 29% em agosto para 25% em setembro.
Nesse cenário, o levantamento indica que a percepção otimista foi superada pela pessimista em sete pontos percentuais. Assim como em agosto, a piora nas respostas dos lojistas de material de construção em setembro ocorreu tanto pelo reflexo do recuo nas assinalações de alta, quanto na elevação das respostas de queda. A pesquisa mostra que o maior percentual de respostas pessimistas quanto às vendas correntes foi registrado no Sudeste (35%), seguido do Sul e Nordeste (32%).
No mês, as grandes lojas (mais de 99 funcionários) acusaram melhora na percepção de alta nas vendas correntes, passando de 37% em agosto para 49% em setembro, e a percepção de alta superou a de queda em 34 pontos percentuais.
Na outra ponta, houve piora no sentimento dos pequenos varejistas (menos de cinco colaboradores). Nesse segmento, as respostas otimistas caíram de 34% para 24%, sendo superadas pelas respostas pessimistas em 12 pontos percentuais.
O estudo apura, ainda, que as expectativas para as vendas nos próximos três meses (outubro a dezembro) sofreram pouca alteração na comparação com a edição de agosto da pesquisa. Assim, as assinalações otimistas permaneceram em 60%, influenciadas pelo padrão sazonal típico (reformas de final de ano).
As expectativas pessimistas também se alteraram pouco, passando de 9% para 8%. Em setembro de 2020, as expectativas de alta responderam por 44% das respostas dos lojistas, enquanto as de queda foram de 16%.
Os indicadores-síntese de percepção do varejo de material de construção mostram que, enquanto as expectativas para os próximos permanecem no campo do otimismo (acima de 100), o indicador relativo ao mês atual vem caindo continuamente desde julho e atingiu o campo do pessimismo predominante (abaixo de 100). Esse “descolamento” vem sendo registrado desde dezembro de 2020.
As expectativas quanto às ações do governo nos próximos meses mudaram muito pouco em setembro na comparação com o mês anterior. As assinalações otimistas permaneceram em 51%, enquanto as pessimistas oscilaram de 21% para 18% no mesmo período. Há um ano, esses indicares eram de 60% (respostas otimistas) e de 13% (pessimistas).
Regionalmente, a mudança mais relevante na pesquisa de setembro foi a redução do otimismo com as ações futuras do governo no Norte (10 pontos percentuais) e no Nordeste (6 p.p.). O menor nível de assinalações positivas nesse quesito foi observado no Sudeste (45%) e o maior, no Sul (63%).

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