PIB da construção registra queda de 2,4% no primeiro trimestre - Revista Anamaco

Economia

PIB da construção registra queda de 2,4% no primeiro trimestre

Texto: Redação Revista Anamaco

Dados apurados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, no primeiro trimestre de 2020, o PIB da construção caiu 2,4% em relação ao último trimestre de 2019. Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, a queda foi de 1%, encerrando uma sequência de três trimestres de taxas positivas e levando o setor a retornar ao patamar de atividade do início de 2008.
Os números revelam o retrato do início da crise econômica gerada pela pandemia de Covid-19 no País. Nos três primeiros meses do ano, o PIB nacional registrou quedas de 1,5%, comparado ao último trimestre de 2019, e de 0,3% em relação ao mesmo período de 2019.
Eduardo Zaidan, vice-presidente de Economia do SindusCon-SP, avalia que o impacto maior não está sendo na atividade da construção formal. “A queda era esperada e deverá se aprofundar, ainda mais, neste segundo trimestre, principalmente por refletir a paralisação das atividades do segmento informal de autoconstrução e reformas. Já a maioria das construtoras formais do País continua operando, com todos os cuidados necessários à preservação da saúde dos trabalhadores”, comenta.
Já o PIB das atividades imobiliárias registrou um ligeiro aumento, de 0,4%, no primeiro trimestre de 2020, na comparação com o último de 2019. Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, houve alta de 1,6%, indicando a expansão na comercialização de imóveis, que acabou sendo interrompida pela decretação do estado de emergência, com o isolamento social e o fechamento dos estandes de vendas imobiliárias.
No primeiro trimestre, a taxa de investimento foi de 15,8% do PIB, acima do observado no mesmo período do ano anterior (15%). “Para caracterizar um crescimento sustentado da economia, essa taxa deveria estar sete pontos percentuais acima. Com a perspectiva de nova queda neste trimestre, ficaremos ainda mais distantes do crescimento almejado. É necessário o restabelecimento da confiança para voltarmos a atrair investimentos”, finaliza Zaidan.

Foto: Adobe Stock

 

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