Economia

De acordo com Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito, a quantidade de pessoas que procurou crédito em julho foi 8% superior à verificada em junho. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve crescimento de 2%. Foi a primeira alta interanual, isto é, contra um mesmo mês do ano anterior, em nove meses. No acumulado de janeiro a julho, a demanda foi 6% inferior ao mesmo período do ano passado.
Segundo os economistas da entidade, as sucessivas quedas das taxas de juros, os incentivos fiscais de reduções do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o início do processo de gradual normalização dos níveis de inadimplência do consumidor começam a impactar, favoravelmente, a retomada da busca do consumidor por crédito.
No primeiro mês do segundo semestre, a demanda do consumidor por crédito reagiu mais intensamente nas camadas da população de mais baixa renda. Os percentuais foram maiores nas três primeiras camadas: os consumidores que ganham até R$ 500 mensais expandiram a sua demanda por crédito em 7,9%. Já os de renda entre R$ 500 e R$ 1.000 a expandiram em 8%, e os de renda entre R$ 1 mil e R$ 2 mil mensais em 8,2%. Por conta do impacto do aumento do salário mínimo, apenas a camada de renda mais baixa da população (ganhos até R$ 500 mensais) registra crescimento da sua procura por crédito (alta de 3,2%) no acumulado do ano até agora frente ao mesmo período do ano passado). Todas as demais faixas de renda continuam exibindo quedas neste mesmo critério de comparação.