Confiança em baixa

Recuo expressivo

Dados apurados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e que compõem o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) revelam que a confiança do paulistano despencou.
Neste mês de abril, o indicador ficou em 101,6 pontos, o que representa uma queda de 5% em relação a março. Trata-se do menor patamar desde novembro de 2002 - última vez em que indicador ficou abaixo de 100 -, quando a economia brasileira, assim como hoje, também passava por um período de incertezas. Já na comparação com abril do ano passado, o recuo é ainda mais expressivo: 15,5%.
Neste mês de abril, a retração do ICC foi acentuada principalmente em razão da queda do subíndice, que mede a percepção em relação às condições atuais: o Índice de Condições Econômicas Atuais (ICEA) atingiu 95,2 pontos, queda de 7,8% na comparação mensal e de 25% em relação ao mesmo período do ano passado.
O Índice de Expectativas do Consumidor (IEC), por sua vez, ficou em 105,8 pontos, queda de 3,1% em relação a março e de 8,6% na comparação com abril do ano passado.
No período, o ICC dos consumidores com renda familiar superior a 10 salários mínimos ficou em 92,9 pontos, retração de 21,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado e de 10,6% na comparação com março. O expressivo recuo da confiança dos consumidores nessa faixa de renda é reflexo, sobretudo, de uma piora na avaliação das condições econômicas atuais, que caiu 35,4% na comparação com abril do ano passado e 23,1% na comparação com março.
É a primeira vez que o ICC desses consumidores fica abaixo de 100 pontos desde maio de 1999. E é apenas a quarta vez na série histórica - iniciada em junho de 1994 - que o consumidor de renda mais elevada mostra-se pessimista.
O ICC dos consumidores com renda familiar até 10 salários mínimos, por sua vez, apresentou um recuo mais modesto. O índice atingiu 105,7 pontos em abril, queda de 2,4% na comparação com março e de 12,8% em relação a abril do ano passado. Com isso, o consumidor de menor renda segue mais otimista tanto em relação às condições atuais como às futuras.

Recuo expressivo
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