Sondagem da Construção aponta para crescimento da atividade em julho - Revista Anamaco

Cenário Econômico

Sondagem da Construção aponta para crescimento da atividade em julho

Texto: Redação Revista Anamaco 

Índice de Confiança da Construção (ICST), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) subiu 3,3 pontos em julho, alcançando 95,7 pontos, o maior nível desde março de 2014 (96,3 pontos).  Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 3,6 pontos, a segunda alta consecutiva.
Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção da entidade, explica que a sondagem de julho aponta o crescimento da atividade e uma percepção bastante favorável em relação à evolução da demanda nos próximos meses. Ou seja, volta a prevalecer um cenário levemente otimista. Segundo ela, se no segundo semestre de 2020, a alta dos custos contribuiu para derrubar a confiança, em 2021, esse efeito foi atenuado. “Não porque tenha ocorrido queda ou redução no ritmo dos aumentos - o quesito custo da matéria-prima assumiu pelo segundo mês a primeira posição entre os fatores limitativos à melhoria dos negócios. Ocorre que o percentual de assinalações que apontam o aumento dos preços praticados pelas empresas também alcançou um recorde histórico, sugerindo que, apesar dos desarranjos que os aumentos dos custos têm causado, as empresas esperam que esses aumentos sejam absorvidos em grande parte pela demanda final”, avalia.
O estudo mostra que o resultado positivo do ICST em julho decorre da melhora das expectativas dos empresários para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA-CST) se manteve estável, ao variar -0,1 ponto, para 89,4 pontos. Esse resultado foi devido à piora do indicador de situação atual dos negócios, que caiu 4,3 pontos, para 88,3 pontos. 
O Índice de Expectativas (IE-CST), por sua vez, avançou 6,8 pontos, para 102,2 pontos, maior nível desde de janeiro de 2020 (104,2 pontos). Os indicadores de demanda prevista e tendência dos negócios subiram 6,4 e 7,2 pontos, para 102,3 pontos e 102,0 pontos respectivamente.  
Já o Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) da Construção caiu 3,7 pontos percentuais (p.p.), para 73,7%. O NUCI de Mão de Obra e o NUCI de Máquinas e Equipamentos tiveram variações idênticas ao cair 3,7 p.p, para 75,2% e 66,6%.
Em julho, 26,7% das empresas da construção apontaram aumento da atividade, o que representa o maior percentual alcançado desde outubro de 2012. No entanto naquele mês 15,7% acusaram queda, enquanto em 2021, 19,5% ainda relatam redução.

Foto: Adobe Stock

 

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