Uso de cheque pelos brasileiros cai 21,9% no primeiro semestre de 2025
Texto: Redação Revista Anamaco
Levantamento feito pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) revela que, no primeiro semestre, foram compensados 50 milhões de cheques no País, que movimentaram R$ 211 bilhões em valor financeiro. O número de transações é 21,9% menor que o registrado no mesmo período do ano passado, quando foram compensados 64 milhões de cheques, movimentando R$ 236 bilhões.
O estudo tem como base o Sistema de Compensação de Cheques e Outros Papéis (Compe), mecanismo interbancário brasileiro que processa e liquida cheques e outros documentos de crédito, regulado pelo Banco Central do Brasil (BCB).
Apesar do recuo, o valor médio dos cheques aumentou 14,20% no período, revelando que o brasileiro ainda tem preferência por este meio de pagamento nas transações de maior valor. Este ano, o valor médio dos cheques compensados foi de R$ 4.118, contra R$ 3.606 em 2024. “O cheque ainda é mantido por comerciantes para parcelamentos ou como forma de crédito e pagamento a fornecedores”, observa Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços e Segurança da Febraban.
Segundo Faria, as empresas são responsáveis por mais de 50% dos cheques emitidos, geralmente devido à relação de confiança com fornecedores e maior prazo para pagamentos. “Entre pessoas físicas, os cheques ainda são utilizados tanto pela confiança entre clientes e lojistas quanto pela possibilidade de obtenção de melhores condições de pagamento, como descontos e prazos maiores, além de não exigir limite de crédito disponível”, finaliza.
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