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Varejo da Grande São Paulo deve continuar em alta

O comércio varejista da região Metropolitana de São Paulo deve encerrar os primeiros seis meses de 2008 com alta de 5% no faturamento em relação ao mesmo período do ano passado. No contraponto entre junho deste ano e igual mês de 2007, o crescimento deve atingir 2%. Já na comparação com maio de 2008, as vendas reais devem apurar queda de 7%. Os dados constam das projeções feitas pela Federação do Comércio de São Paulo (Fecomercio) acerca dos resultados acumulados até maio pela Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV). Segundo a entidade, a observação mais preocupante é a desaceleração nas taxas de crescimento nas vendas do varejo, que poderá se perpetuar diante de um cenário econômico menos estável, em decorrência das pressões inflacionárias registradas recentemente. De qualquer maneira, os bons resultados registrados no primeiro semestre aconteceram em função dos determinantes do consumo que permaneceram positivos no período: emprego e renda em recuperação na região e crédito ainda em expansão e acessível. Considerando o cenário acima, o desempenho das vendas varejistas em 2008 tende a mostrar resultado positivo em relação ao ano passado, com taxa de crescimento entre 3% e 4%, em função de uma leve desaceleração no ritmo do consumo. Fazendo parte dos segmentos que compõem a pesquisa, a expectativa é de que o setor de material de construção encerre o semestre em alta de 13%. No comparativo junho e maio deste ano, o setor cresceu 3%. O resultado, na análise da Fecomercio, é reflexo do forte aporte de recursos por meio do crédito, aumento da renda em São Paulo, redução do desemprego e a natural tendência de equipar o lar. Além disso, o aquecimento do mercado imobiliário, principalmente para imóveis novos, favorece positivamente as vendas. Apesar do desempenho positivo, deve-se ficar atento a dois pontos preocupantes. O primeiro deles é a alta da inflação. Com o elevado nível de endividamento, o orçamento das famílias brasileiras, principalmente os de baixa renda, tende a ficar cada vez mais comprometido, o que pode impactar negativamente na compra de produtos neste segmento. O segundo ponto trata da restrição de caminhões na cidade de São Paulo, que afeta diretamente a entrega de produtos. A PCCV é apurada, mensalmente, pela Fecomercio e a amostra envolve cerca de 1.800 estabelecimentos comerciais localizados na região metropolitana de São Paulo.
Varejo da Grande São Paulo deve continuar em alta
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