Varejo de material de construção tem maio de vendas aquecidas - Revista Anamaco

Termômetro Anamaco

Varejo de material de construção tem maio de vendas aquecidas

Texto: Redaçao Revista Anamaco

A Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) acabam de divulgar os resultados do Termômetro Anamaco de maio.
Os dados, analisados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), mostram que a avaliação do varejo de material de construção relativa às vendas correntes voltou a melhorar em maio após a queda registrada no mês anterior. O levantamento indica, ainda, otimismo quanto às vendas futuras. Ambos os resultados estão em linha com o padrão sazonal típico de meados do segundo trimestre do ano.
Em nível nacional, a parcela de revendedores que indicaram crescimento nas vendas no mês frente a abril passou de 18% para 35%. Já as indicações de queda recuaram de 39% para 22% nas mesma base de comparação. Na relação com maio de 2022, também houve melhora. Naquele momento as avaliações otimistas haviam sido de 24% do total de respostas, enquanto as pessimistas foram de 26%.
No recorte regional, as assinalações de alta nas vendas apresentaram melhora generalizada na comparação com abril e sempre acima de dois dígitos. A percepção otimista foi superior a 33% em todas as regiões, chegando a 38% no Norte. As regiões menos otimistas foram o Sul e o Sudeste, onde as assinalações de crescimento nas vendas foram de 34%.
De volta ao nível nacional, os resultados de maio do Termômetro revelaram que o indicador de vendas do mês voltou ao campo do otimismo (acima de 100 pontos), chegando a 113 pontos depois do recuo registrado em abril, quando registrou a marca de 79 pontos. Em maio de 2022, esse mesmo indicador havia sido de 98 pontos, isto é, muito próximo da neutralidade.
Já o indicador de expectativas de vendas nos próximos três meses manteve-se elevado, chegando a 156 pontos. A comparação com maio de 2022 reforça a percepção de que o otimismo quanto ao futuro das vendas de material de construção está elevado. Naquele mês o indicador de expectativas havia sido de 143 pontos.
Na análise por especialidade, os resultados de maio também mostraram alta generalizada nas assinalações de crescimento das vendas frente ao mês anterior. O destaque ficou por conta das lojas especializadas em material elétrico, onde as indicações de alta nas vendas correntes passou de 10% para 37% das respostas. As mais otimistas, em maio, foram as lojas de tintas e acessórios para pintura, nas quais as assinalações de alta chegaram a 44%, possivelmente impulsionadas pelo período seco típico do inverno no Centro Sul do País.
Considerando as empresas pelo porte (número de empregados) o Tracking Anamaco de maio mostrou que os grandes varejistas estão mais otimistas. Considerando o comércio com 50 funcionários ou mais, as indicações de alta nas vendas correntes chegaram a 55% das respostas. Entre os médios revendedores (de 10 a 49 colaboradores) esse indicador foi de 34% e entre os pequenos (até nove funcionários), de 30%.
Quanto às expectativas para os próximos três meses, houve ligeira variação entre abril e maio tanto nas assinalações otimistas (de 60% para 62%) quanto nas pessimistas (de 7% para 6%).
Regionalmente, no entanto, os resultados foram bastante variados. Houve forte alta nas assinalações de alta no Sudeste (de 55% para 64% no mesmo período). Esse resultado influenciou fortemente a média nacional, dado que em todas as demais regiões as expectativas otimistas recuaram frente a abril.
Em paralelo, as expectativas de queda nas vendas recuaram ligeiramente no Sudeste, Sul e Centro-Oeste, permaneceram estáveis no Norte e avançaram discretamente no Nordeste.
Quanto perguntados sobre o que esperam das ações do governo nos próximos 12 meses, a percepção dos varejistas de material de construção, em maio, convergiu para a neutralidade. Houve recuo tanto nas assinalações otimistas (de 40% para 38%) quanto nas pessimistas (de 31% para 28%). Com consequência, as assinalações de neutralidade saltaram de 29% para 34%, sempre na comparação com abril.

Foto: Adobe Stock

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