Varejo em mudança
Claudio Conz, presidente Executivo da FBM - Fundação Brasileira de Marketing
A previsão para o varejo e o consumo traz tanto desafios quanto oportunidades. A turbulência global e a incerteza local exigem inovação e adaptação. Essa situação pode ser vista como um catalisador para o crescimento do setor.
A adoção de Inteligência Artificial (IA) é fundamental para entender o comportamento do consumidor, que é moldado por fatores como emprego, renda e confiança. Analisar essas variáveis permite que as empresas se ajustem às demandas do mercado.
A inflação, que atingiu 5,53% nos últimos 12 meses, representa um desafio, especialmente para a população de baixa renda. No entanto, também abre espaço para inovações em produtos e serviços que atendam às necessidades dos consumidores.
Com a taxa de desemprego em 7,3%, o Brasil vive um momento favorável para a criação de empregos formais. A massa salarial, que cresceu de R$ 280 bilhões para R$ 345 bilhões, pode impulsionar o consumo e promover a inclusão social.
O Programa "Minha Casa, Minha Vida" tem sido um sucesso, beneficiando mais de cinco milhões de famílias e melhorando suas condições de vida. Estamos negociando com o governo um programa de reformas para essas unidades, que já apresentam sinais de deterioração.
Além disso, o crédito disponível é crucial para o varejo. Apesar dos desafios de inadimplência, o aumento do crédito pode fortalecer os mecanismos de concessão, criando um ambiente propício para o consumo.
Embora o cenário seja cauteloso, ele também é promissor. O varejo deve focar na inovação e na diversificação de produtos, aproveitando as oportunidades para construir um futuro mais sólido e sustentável.
“A maneira de construir um histórico glorioso de sucesso é continuar trabalhando com dedicação, sem desperdiçar um momento sequer. Embora cada passo individual possa ser pequeno, quando acumulados, eles formam um grande avanço” - Daisaku Ikeda