Economia

Venda de cimento no mercado interno tem queda no primeiro semestre do ano

Texto: Redação Revista Anamaco

Dados divulgados pelo Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC) mostram que o primeiro semestre do ano foi de negócios menos aquecidos para o setor de cimento.
No período compreendido entre janeiro e junho, as vendas do produto no mercado interno totalizaram 25,4 milhões de toneladas. Esse montante representa uma queda de 1,5% frente ao mesmo semestre do ano passado.
Em 12 meses, as vendas acumuladas totalizaram 52,9 milhões de toneladas, quantidade 3,2% menor do que nos 12 meses anteriores (julho/16 a junho/17). No último mês de junho foram vendidas 5,0 milhões de toneladas, um volume 13,2% maior sobre junho de 2017.
Na comparação por dia útil - melhor indicador da indústria por considerar o número de dias trabalhados, que tem forte influência no consumo de cimento - as vendas do produto no mercado interno em junho apresentaram crescimento de 10,7% em relação ao mesmo mês do ano passado e 35,6% sobre maio de 2018.
Já o consumo aparente de cimento (vendas no mercado interno + importações) totalizou 25,5 milhões de toneladas de janeiro a junho, com retração de 1,9% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Na comparação do acumulado nos últimos 12 meses (julho/17 a junho/18), houve uma queda de 3,3% no consumo aparente sobre igual período anterior (julho/16 a junho/17).
Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC, diz que os resultados alcançados no primeiro semestre foram bastante influenciados pela greve dos caminhoneiros: “Nós projetávamos um desempenho já positivo no 1º semestre, mas a greve ocorrida em maio provocou paralisação das vendas nos últimos dez dias daquele mês e, mesmo com alguma recuperação em junho, o resultado não foi suficiente para repor a perda e fechamos o bimestre maio/junho com queda de 3,8% em relação ao mesmo bimestre de 2017. Com isso, o resultado do semestre ficou negativo em 1,5%”, lembra.
Penna comenta que o setor vivia a expectativa de fechar 2018 com crescimento entre 1% e 2%, mas o resultado do primeiro semestre e o fraco desempenho da atividade econômica nos últimos meses fazem com que a indústria venha a revisar essa projeção: “Tradicionalmente, o consumo de cimento tem melhor desempenho no segundo semestre, mas, diante dos resultados obtidos até agora, junto à queda de ritmo da atividade econômica do País - especialistas já reduziram a projeção do crescimento do PIB para apenas 1,5% - fazem com que o setor venha a revisar suas projeções e nossa percepção é que corremos o risco de fecharmos o quarto ano consecutivo de queda”, lamenta.

Foto: Fotolia

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