Vendas de cimento desaceleram
Texto: Redação Revista Anamaco
Após registrar um primeiro trimestre com forte alta, as vendas da indústria do cimento apresentaram retração em abril. De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC), em termos nominais foram comercializadas 5,2 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 3,0% em comparação ao mesmo mês do ano passado. No entanto, a comercialização do produto no acumulado dos quatro primeiros meses do ano aumentou 4,2%.
Já o volume de vendas de cimento por dia útil registrou 236,8 mil toneladas, um recuo de 4,1% em comparação ao mês de março e alta de 5,8% ante o mesmo mês de 2024. No acumulado de janeiro a abril, o desempenho registra crescimento de 6,5%.
Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC, explica que o resultado positivo do acumulado do ano é atribuído ao aquecimento do mercado de trabalho e renda da população, com o salário dos trabalhadores atingindo o valor mais alto já registrado desde 2012.
De acordo com Penna, o mercado imobiliário, importante indutor do consumo de cimento, apresentou queda no número de lançamentos no primeiro bimestre de 2025 comparado com o mesmo período de 2024, indicando que as obras iniciadas no passado ainda estão influenciando positivamente o desempenho do setor de cimento.
O presidente do SNIC avalia que as recentes mudanças do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que passou a incluir, também, famílias de renda de até R$12 mil serão importantes para a manutenção da boa performance da indústria. “A criação da Faixa 4 do MCMV, voltada para famílias de classe média, que entra em vigor neste mês, chega em um momento oportuno para avançar em meio aos atuais desafios. Desde sua retomada, o Programa se mostrou bem-sucedido com a meta de entregar duas milhões de unidades em quatro anos, o que resultará em um acréscimo de demanda de 10 milhões de toneladas de cimento nesse período”, salienta.
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