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Texto: Redação Revista Anamaco

A Associação Brasileira da Indústria Processadora de Aço e o Sindicato Nacional da Indústria Processadora de Aço (Abimetal-Sicetel) lideram um esforço conjunto com o Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem-SP) para fortalecer a fiscalização e garantir a conformidade dos produtos de aço utilizados na construção civil.
A iniciativa tem o objetivo de aprimorar as normas de qualidade e segurança aplicáveis ao setor, coibindo a comercialização de material fora dos padrões técnicos e resultou na criação, pelo Ipem-SP, da Portaria nº 120/2025, que formaliza um grupo dedicado à revisão e ao aperfeiçoamento das regras de controle de qualidade de produtos como telas e vergalhões.
A medida faz parte dos esforços da Abimetal-Sicetel, que vem atuando para aproximar o setor produtivo dos órgãos de fiscalização e certificação, a fim de fortalecer a fiscalização e aprimorar a regulação de produtos de aço, levando o debate, a experiência do setor e as demandas reais da indústria.
Ricardo Martins, presidente da associação, avalia que a medida representa um avanço significativo para o setor e o resultado direto da articulação das entidades com o poder público. “Essa iniciativa é fruto de um diálogo técnico e construtivo que vem sendo mantido com o Ipem-SP. É um passo decisivo para garantir mais rigor na fiscalização e combater práticas que prejudicam quem atua dentro das normas”, destaca.
Segundo ele, a entidade vai contribuir com a vivência do mercado, compartilhando informações e dados que ajudem a identificar gargalos e na proposta de soluções. “Esse trabalho conjunto é fundamental para que o processo regulatório reflita a realidade das empresas e promova um ambiente mais equilibrado e competitivo”, acrescenta.
A iniciativa está alinhada à Portaria Inmetro nº 139/2021, que define regras para barras e fios de aço destinados a armaduras de concreto armado, e deverá avaliar a ampliação desse regulamento ou a criação de um novo RAC (Regulamento de Avaliação da Conformidade), que inclua telas e outros produtos correlatos ainda sem norma específica.
Martins ressalta, ainda, que o movimento vai muito além da atualização técnica, representando um esforço coletivo para fortalecer o mercado nacional de aço. “Esse grupo é um marco histórico na defesa da indústria do aço brasileiro. Ele mostra que o setor está unido e comprometido com a qualidade, a segurança e a lealdade comercial. É uma conquista que reforça a credibilidade da indústria e protege o consumidor final”, avalia o executivo.
Entre os resultados esperados, o presidente aponta o combate à concorrência desleal como um dos ganhos mais significativos. “Queremos eliminar práticas predatórias e proteger o fabricante que investe em qualidade, tecnologia e conformidade. Essa é uma conquista do setor e um compromisso com o futuro da indústria brasileira de aço”, conclui.

Foto: Divulgação