Anfacer participa de evento em esforço contra as tarifas impostas pelos EUA
Texto: Redação Revista Anamaco
A Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos, Louças Sanitárias e Congêneres (Anfacer) participou de uma agenda institucional na Embaixada do Brasil em Washington, em 01 de agosto, apoiando e integrando a comitiva de empresários liderada pelo setor de rochas, em um esforço conjunto contra as tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.
A iniciativa, coordenada pela Associação Brasileira de Rochas Naturais (Centrorochas), une-se às mobilizações que os setores brasileiros estão fazendo em busca da redução das barreiras comerciais e da ampliação do acesso ao mercado americano.
Na ocasião, ocorreu a entrega simbólica de uma carta à National Association of Home Builders (NAHB) e ao Natural Stone Institute (NSI). O documento, assinado conjuntamente pelas entidades reforça o pedido de inclusão de novos materiais de origem brasileira na lista de exceções à tarifa adicional.
Durante a cerimônia, que reuniu representantes de empresas brasileiras, autoridades locais, parceiros institucionais e o presidente da Anfacer, Maurício Borges, foi destacado o impacto direto que a tarifação pode gerar no setor da construção americana.
Segundo dados preliminares da NAHB, as novas tarifas podem elevar, significativamente, o custo médio das novas construções residenciais nos Estados Unidos. A manutenção da tarifa representa risco direto para mais de 200 mil empregos nos EUA, distribuídos entre fabricantes, distribuidores e instaladores do setor de pedras naturais. A ausência de insumos alternativos e a rigidez de contratos em vigor agravam ainda mais o cenário.
De acordo com estimativas da NAHB, as tarifas propostas devem adicionar, em média, mais de US$10.900 ao custo de cada nova casa construída nos Estados Unidos. A entidade estima que cerca de 7% de todos o material de construção utilizado em novas construções residenciais multi familiares e unifamiliares em 2024 tiveram origem em países estrangeiros.
Além disso, o custo do material de construção já subiu 41,6% nos cinco anos desde a pandemia - índice muito superior à inflação acumulada no mesmo período (21,9%). A imposição dessas tarifas sobre materiais, eletrodomésticos e produtos de acabamento ameaça desorganizar cadeias de suprimento e aumentar ainda mais os custos de moradia para as famílias americanas.
A expectativa é sensibilizar o USTR (United States Trade Representative) sobre a importância de manter o fluxo comercial entre os dois países e evitar impactos negativos sobre empregos, contratos e investimentos em ambos os lados.
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