Impostômetro

Brasileiros pagaram R$ 3 trilhões em impostos

Texto: Redação Revista Anamaco

O Impostômetro, painel instalado na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), no centro da capital paulista, registrou, em 07 de outubro, que os brasileiros pagaram R$ 3 trilhões em impostos desde o início de 2025. Esse montante representa a soma de impostos, taxas e contribuições pagos aos governos federal, estaduais e municipais, incluindo multas, juros e correção monetária. Em comparação com o ano passado, o registro atual acontece com 25 dias de antecedência, já que esse mesmo patamar foi alcançado em 01 de novembro de 2024.
Na análise de Ulisses Ruiz de Gamboa, economista do Instituto Gastão Vidigal da ACSP, essa antecipação é resultado de uma combinação de fatores que impulsionaram a arrecadação. “Entre eles, destaca-se o aquecimento da atividade econômica”, explica.
O economista também aponta a inflação como um fator relevante, já que o sistema tributário brasileiro é fortemente baseado em tributos sobre o consumo, que incidem, diretamente, sobre os preços de bens e serviços.
Além disso, outras medidas contribuíram para o aumento na arrecadação, como tributação de fundos exclusivos e offshores; mudanças nas regras de subvenções concedidas por Estados; retomada da tributação sobre combustíveis; cobrança de impostos sobre apostas on-line (Bets); taxação de encomendas internacionais (como a chamada “taxa das blusinhas”); reoneração gradual da folha de pagamentos; fim dos incentivos fiscais ao setor de eventos (PERSE); aumento de alíquotas do ICMS; e elevação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras.
Já a plataforma Ga$to Brasil, que compartilha o painel com o Impostômetro e tem como objetivo mostrar, de forma clara e acessível, como o governo utiliza o dinheiro público, aponta que, até o momento,foram gastos R$ 3,9 trilhões, enquanto a arrecadação tributária soma cerca de R$ 3 trilhões. “Esse desequilíbrio entre arrecadação e despesas primárias é preocupante, porque mostra que o Brasil está operando no vermelho mesmo antes de pagar os juros da dívida. Isso compromete a sustentabilidade fiscal e pressiona ainda mais a necessidade de ajustes estruturais nas contas públicas”, avalia Gamboa.

Foto: Adobe Stock

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