Conscientização

Texto: Redação Revista Anamaco

Conscientizar sobre os riscos com a eletricidade e as formas de evitar acidentes é a motivação da campanha “Choque Elétrico Mata!”, uma realização da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), em parceria com o Sindicato Empresarial do Comércio Atacadista e Distribuidor de Material de Construção, Material Elétrico e Energia Elétrica no Estado de São Paulo (Sincomaco), patrocinada por Sil Fios e Cabos Elétricos, Grupo Enel spa, Vila Velha Corretora de Seguros e King Ouro, e apoiada pela Cobrecom Fios e Cabos, pelo Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não Ferrosos do Estado de São Paulo (Sindicel), Associação Comercial do Estado de São Paulo (ACSP) e Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
A iniciativa conta com um Termo de Cooperação Estratégica, que tem como primeiro objetivo trabalhar em conjunto no projeto “Fique atento - Choque elétrico Mata”, que será composto por várias ações e a Abracopel terá como principal participação a geração e na curadoria do conteúdo que será divulgado, bem como participação em ações estratégicas e de conscientização da população.
Esse projeto estará sob o guarda-chuva do “Abracopel no Lar”, que engloba várias outras atividades como o Concurso Abracopel de Redação, Desenho e Vídeo e o Prêmio Abracopel Nacional de Jornalismo.
A preocupação das empresas e das entidades faz sentido. Dados do Anuário Estatístico de Acidentes de Origem Elétrica 2023, ano-base 2022, realizado pela Abracopel, mostram que, no ano passado, aconteceram 1.828 acidentes com energia elétrica, o que significa, em média, cinco por dia. No ano de 2021, esse número foi de 1.579, o que representa 249 ocorrências a mais em 2022.
Nesse cenário, somente os choques foram responsáveis por 853 acidentes, seguidos por 874 ocorrências envolvendo incêndios por sobrecarga de energia (curto-circuito) e 55 mortes, bem como 101 acidentes por descargas atmosféricas (raios), com 39 óbitos.
A boa notícia é que, no que diz respeito à perda de vidas por choque elétrico, apesar do número ainda ser bastante alto, está acontecendo uma redução ano a ano. No comparativo 2022 com 2021, houve um declínio de 12,2%. Já no período acumulado de cinco anos (2018-2022) foi observada atenuação de 4,82% no número de vítimas fatais, porém, houve um aumento de 2,03% no número total de acidentes.
No recorte por Estado, São Paulo ficou em primeiro lugar na listagem de óbitos por choque elétrico, chegando a 62. Na sequência aparece a Bahia, com 60. Santa Catarina, com 44, vem em terceiro lugar, seguida do Pará (37) e do Mato Grosso (28).
De acordo com o anuário, os maiores causadores de choques elétricos foram eletrodomésticos e eletroeletrônicos (21,5%); fio partido ou sem isolamento (16,8%); manutenção caseira, como consertos em telhado, antena ou ar-condicionado (10,7%); e extensão, benjamim ou tomada (14,1%). Os carregadores de celular também aparecem na lista com 4% dos casos.

Foto: Adobe Stock