Cenário positivo para os paulistanos - Revista Anamaco

Endividamento e inadimplência

Cenário positivo para os paulistanos

Texto: Redação Revista Anamaco

Mercado de trabalho aquecido, mais acesso ao crédito e aumento da renda real resultaram em um cenário positivo para as famílias paulistanas em dezembro. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), mostrou queda na parcela de famílias endividadas e inadimplentes em comparação ao mesmo mês de 2023. Em dezembro de 2024, 68,2% das famílias declararam ter dívidas e 19,5% afirmaram ter contas em atraso, queda de 3,2 pontos porcentuais (p.p.) em relação a um ano antes, o que significa 124,2 mil lares a menos nessa situação.
De acordo com a entidade, o resultado se deve ao ótimo desempenho do mercado de trabalho, refletindo na menor taxa de desemprego da série histórica, e à inflação, que, até os últimos meses do ano, permanecia dentro da meta, fatores que estimularam a massa de rendimento dos trabalhadores na cidade para R$ 36,6 bilhões, no terceiro trimestre de 2024, superando os R$ 34,5 bilhões registrados no ano anterior.
Esse ganho real de renda, aliado à maior segurança no emprego, estimulou um movimento de quitação de dívidas em atraso, reduzindo a taxa de inadimplência para abaixo de 20% na capital paulista. Apesar do aumento da taxa de juros, o cenário deve permanecer sustentável, mantendo o endividamento e a inadimplência sob controle ao menos até a metade deste ano.
A taxa de endividamento, por sua vez, permanece elevada. Em dezembro, eram 2,78 milhões de famílias nessa situação, com oscilações durante o ano, em maio chegou a 71,7%. No entanto, o prazo médio de comprometimento de dívidas sofreu redução ao longo do ano: de oito meses, no começo de 2024, para 7,4 meses, em dezembro.
Nesse cenário, o principal tipo de dívida ainda é o cartão de crédito, registrando, em dezembro, 82,6%. Em janeiro de 2024, esse porcentual era de 85,5%, chegando ao pico de 88,1% em maio, mas voltando a cair na parte final do ano.
O crédito pessoal também registrou alta ao longo do ano, chegando a atingir 17,6% em setembro, o que representa o maior nível desde 2012, mas encerrando o ano em 15,2% rendimentos próprios para sustentar o consumo, com a queda para 29,4%.

Foto: Adobe Stock

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