Confiança do consumidor paulista cresce
Texto: Redação Revista Anamaco
O Índice de Confiança do Consumidor Paulista (ICCP), elaborado pela PiniOn para o Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP), alcançou, em outubro, 98 pontos, registrando alta de 2,1%, em relação a setembro, e queda de 2,0%, na comparação com o mesmo mês de 2024. Esse foi o quarto aumento mensal do ICCP ao longo do ano, embora o indicador ainda permaneça no campo pessimista (abaixo de 100 pontos).
A pesquisa indica que, no recorte por classes socioeconômicas, o ICCP continuou apresentando resultados heterogêneos, com aumento de confiança das famílias da classe AB e DE e queda entre aquelas da classe C. Em relação ao gênero, houve aumento da confiança tanto para os entrevistados do sexo feminino, como para aqueles pertencentes ao masculino.
Também melhorou a percepção das famílias sobre sua situação financeira atual, impulsionada por maior segurança no emprego, além de expectativas mais positivas para renda e emprego no futuro.
A melhora mais disseminada da confiança resultou em maior propensão à compra de bens de maior valor, como carro e casa, e de bens duráveis, como geladeira e fogão, além de maior disposição para investir.
O Índice de Confiança do Consumidor da Cidade de São Paulo (ICCSP), por sua vez, alcançou 87 pontos em outubro, mantendo estabilidade em relação a setembro. Contudo, na comparação anual com o mesmo mês do ano passado, apresentou queda de 3,3%. Com isso, o indicador segue no campo pessimista.
Com relação à evolução da confiança dos consumidores da cidade de São Paulo, distribuídos por classes socioeconômicas, o estudo revela que os resultados também foram mistos, com aumento para os entrevistados pertencentes às classes AB e DE e redução para os classificados na classe C. Em termos de gênero, houve leve melhora da confiança para os entrevistados do sexo feminino e estabilidade para o sexo masculino.
O levantamento mostra, ainda, que houve piora na avaliação da situação financeira atual, marcada por menor segurança no emprego, e melhora, na margem, das expectativas futuras de emprego e renda, o que explica a estabilidade do ICCSP. Essa piora com relação à situação atual reduziu o interesse pela compra de bens duráveis e de maior valor e pela realização de investimentos.
Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, frisa que a melhora da confiança dos consumidores paulistas pode ser explicada pela continuidade da geração de emprego e pelo aumento da renda, impulsionados tanto pelo mercado de trabalho quanto por transferências de renda. “No caso dos entrevistados paulistanos, os prováveis efeitos positivos dos fatores anteriores sobre o nível de confiança parecem estar totalmente compensados pelos efeitos negativos exercidos pelo alto grau de endividamento das famílias e pela desaceleração econômica, decorrente do nível elevado dos juros”, completa Gamboa.
Foto: Adobe Stock



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