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Confiança do empresário paulistano recua

Texto: Redação Revista Anamaco

O varejista paulistano voltou a se sentir pessimista em agosto. Após três altas consecutivas, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) caiu 3%, ao passar de 102,8 pontos em julho para 99,8 em agosto. No comparativo anual, o indicador exibiu queda de 8%. Produzido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o índice varia numa escala de 0 a 200, em que 100 pontos separam o sentimento de pessimismo e otimismo.
De acordo com o estudo, os três componentes do ICEC registraram recuo em relação ao mês anterior, com destaque para o Índice de Expectativas do Empresário do Comércio (IEEC), que cedeu 4,1%, para 123,2 pontos. Ainda é o subíndice de maior pontuação, mas no comparativo anual exibiu queda de 11,1%.
Na análise da FecomercioSP, os rumos da política econômica - com aumento de impostos, ausência de corte de gastos e juros elevados - estão afetando as expectativas dos empresários em relação ao futuro. Apesar de o segundo semestre ser tradicionalmente o melhor período para vendas no setor, o cenário é de desconfiança e preocupação diante da desaceleração da atividade econômica, já sinalizada pelos resultados do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, recentemente divulgados.
O Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC), por sua vez, caiu 3,2%, para 73,9 pontos, ficando 11,4% abaixo do registrado em agosto de 2024. Trata-se do item de pior avaliação do ICEC, acumulando 30 meses consecutivos abaixo de 100 pontos.
O Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) recuou 1,4%, atingindo 102,3 pontos, mas ainda dentro da faixa de otimismo.
A pesquisa mostra que o cenário de inflação acima do teto da meta, juros elevados e incertezas econômicas também pressionou o desempenho do Índice de Expansão do Comércio (IEC), que caiu 1,9%, ao passar de 107,7 pontos em julho para 105,7 em agosto. O indicador vinha se beneficiando de datas comemorativas, mas voltou a cair, influenciado, principalmente, pela diminuição da intenção de contratação - a variável Expectativa para Contratação de Funcionários (ECF) recuou 3,1%, para 114,7 pontos.
Por fim, o Índice de Nível de Investimento das Empresas (NIE) apresentou leve queda de 0,4% em agosto, marcando 96,7 pontos. No comparativo anual, porém, registrou alta de 1%.

Foto: Adobe Stock

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